
O Itamaraty publicou nota na madrugada deste sábado (4) afirmando que acompanha “com atenção” as discussões após a nova proposta do governo dos Estados Unidos para cessar-fogo na Faixa de Gaza, reconhece “os esforços dos países mediadores para colocar fim ao conflito” e mais uma vez defende a solução de dois Estados como “único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio”.
O documento cita expectativa de que o plano, “se aceito e implementado entre as partes”, resulte em medidas como “cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, na libertação dos reféns remanescentes, na entrada desimpedida de ajuda humanitária e no início urgente da reconstrução do território, sob apropriação e supervisão palestina”.
No texto, o Itamaraty defende a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a restauração da unidade político-geográfica da Palestina, além de ressaltar as consequências do conflito para a população da Faixa de Gaza:
“O governo brasileiro acompanha com atenção as discussões que se seguiram ao anúncio, pelo governo norte-americano, em 29/9, de novo plano para cessar-fogo na Faixa de Gaza, cuja população segue assolada, decorridos dois anos, por mortes, deslocamentos forçados, fome e destruição de lares e de infraestrutura vital.”
Como já se pronunciou outras vezes, o Itamaraty defendeu que a solução de dois Estados para a paz no Oriente Médio, com um Estado da Palestina “independente e viável”.
“O Brasil reafirma a convicção de que o único caminho para uma paz justa, estável e duradoura no Oriente Médio passa pela implementação da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, afirma o documento.
O Itamaraty também reforçou a importância de que “qualquer força internacional de estabilização na região” seja aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na última segunda-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma proposta para paz na Faixa de Gaza, em pronunciamento na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O plano apresentado por Trump tem 20 pontos que incluem, entre outras medidas, que membros do Hamas se comprometam com a convivência pacífica e com o desarmamento recebam anistia. Aqueles que desejarem deixar Gaza terão passagem segura para países receptores.
Nesta sexta-feira (3), o Hamas anunciou que aceitava parte da proposta de paz americana para o enclave destruído pela guerra. O grupo terrorista palestino, porém, não indicou se aceitará a condição de desarmamento, exigida por Israel. Depois desse anúncio, o presidente dos Estados Unidos afirmou que Israel deve parar de bombardear a Faixa de Gaza imediatamente.
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