
Após o FBI entrar em cena, o ministro Alexandre de Moraes tenta se livrar de uma tatuagem que não sai nem com raio laser: o escândalo envolvendo a prisão e as acusações contra Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro.
De súbito, Alexandre de Moraes pediu que a Polícia Federal reexplique em 5 dias a acusação de que Filipe Martins viajou para os Estados Unidos no reveillon de 2022, no que seria um ato preparatório para fuga em caso de fracasso de supostos planos golpistas.
O despertar repentino de Moraes tem explicação. Nesta semana o governo dos Estados Unidos emitiu uma nota oficial confirmando que Filipe Martins jamais entrou no país em dezembro de 2022. Isso desmonta completamente a base da acusação usada pelo ministro para mantê-lo preso por seis meses.
Não que Moraes não soubesse que Filipe jamais se ausentou do Brasil naquele período. Tal fato ficou exaustivamente comprovado nos autos pela defesa, por meio de tickets de viagem aérea de Brasília a Curitiba, na mesma data, e comprovantes de geolocalização de celular e deslocamentos utilizando Uber.
O que “acordou” Moras foi o comunicado categórico da alfândega americana (CBP): o registro usado no inquérito brasileiro era falso e está sob investigação para punir os culpados. O documento ainda cita diretamente Moraes, lembrando que o ministro foi recentemente sancionado pelos EUA por “violações de direitos humanos contra o povo brasileiro”. Segundo a Defesa de Martins, o FBI foi acionado.
Moraes tenta achar algum culpado
Diante da revelação, Moraes passou a cobrar explicações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. Ele tenta agora refazer a narrativa de um processo que se volta contra ele próprio. No programa Ouça Essa, o jornalista Marcos Tosi mostra como o ministro tenta “apagar” as marcas de um caso que escancara perseguição judicial, erros processuais e a tentativa de transferir responsabilidades.
“Moraes age como quem precisa se livrar rápido de uma tatuagem comprometedora. O problema é que tatuagens se infiltram na pele e só são removidas após um processo demorado utilizando laser de alta intensidade ”, comenta o jornalista. A reação do ministro, assim, revela mais sobre seu instinto de autoproteção do que sobre zelo pela Justiça.
Além das provas ignoradas, o programa mostra como Moraes destituiu arbitrariamente os advogados de defesa de Filipe Martins, apenas para recuar 24 horas depois, e como a PGR teria juntado aos autos documentos forjados ou inconsistentes. A metáfora da “tatuagem” ganha força: quanto mais o ministro tenta encobrir o erro, mais visível ele se torna. Confira, assistindo ao Ouça Essa.
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