Uma operação da Polícia Civil em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) resgatou, na manhã desta quinta-feira (12/06), 62 pessoas mantidas em cárcere privado dentro de uma comunidade terapêutica clandestina no bairro Santa Cândida, em Itaguaí, na Baixada Fluminense.
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O local, identificado como “Comunidade Terapêutica Recomeçar”, funcionava sem autorização da Vigilância Sanitária, alvará da prefeitura ou registro em qualquer conselho de saúde. A ação ocorreu após meses de investigação da 50ª DP (Itaguaí), iniciada em outubro de 2024, quando um paciente morreu de pneumonia grave após ser mantido preso na unidade.
Condições degradantes e maus-tratos
Durante a ação, os agentes encontraram os internos em situação precária, submetidos a abusos físicos e psicológicos. Segundo o delegado Thiago Gomes, havia castigos para quem tentava sair, como suspensão de visitas de familiares, privação de alimentação e agressões físicas. “Era um cativeiro disfarçado de clínica”, afirmou.
Os cômodos estavam superlotados, com más condições de higiene, alimentos vencidos e medicamentos armazenados de forma irregular. Muitos dos internos eram mantidos contra a vontade, mesmo com suas famílias pagando mensalidades pelo “tratamento”.
Prisões e acusações criminais
Na operação, 11 pessoas foram presas em flagrante, entre elas dois administradores e nove monitores da unidade. Eles devem responder por sequestro, cárcere privado, maus-tratos e associação criminosa. A Promotoria de Justiça já solicitou a interdição do imóvel e o acolhimento das vítimas em locais adequados.
Desdobramentos do caso
Todas as vítimas foram encaminhadas para atendimento médico, psicológico e social. A Justiça do Rio deve realizar audiências de custódia nas próximas horas. O Ministério Público também investiga se a clínica recebia algum repasse público indireto, o que pode ampliar o inquérito para improbidade administrativa.
O caso reacende o debate sobre a regulamentação de comunidades terapêuticas no Brasil, muitas das quais funcionam sem fiscalização adequada. Segundo o MPRJ, outras operações semelhantes já ocorreram em Magé e Nova Iguaçu, apontando um padrão de violações na Baixada Fluminense.
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