
O site Portal Platô, dedicado a notícias políticas em Brasília, publicou uma foto e um video curto do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e sua mulher afirmando que o mterial foi registrado nos Estados Unidos. O deputado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A publicação afirmou que ele teria deixado o Brasil há pouco mais de um mês, apesar de estar proibido de sair do país. A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu a informação com fontes independentes e a assessoria de Ramagem afirmou que nã comentaria o caso.
Segundo o site, Ramagem teria viajado de carro até um país vizinho acompanhado da esposa e das filhas e, de lá, embarcado em um voo comercial com destino aos Estados Unidos. Ele teria atravessado a fronteira utilizando um passaporte diplomático que teria sido cancelado por determinação do STF. No site da publicação constam uma foto e um video curto do casal caminhando em uma rua e entrando em um prédio.
De acordo com o portal R7, o uso de um passaporte cancelado não gera alerta automático em sistemas de imigração de outros países, a não ser que exista mandado de prisão ou difusão vermelha da Interpol. Como a condenação de Ramagem ainda não foi publicada, ele não é oficialmente considerado foragido, embora autoridades interpretem a ação como uma fuga.
Ramagem foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A decisão final do STF sobre a condenação deve ser publicada nos próximos dias. Se o resultado for mantido, o cumprimento da pena será imediato.
Deputados federais do PSOL anunciaram nesta quarta-feira (19) que solicitaram ao STF a decretação da prisão de Ramagem. O parlamentar está licenciado da Câmara dos Deputados por motivos médicos desde setembro.
Documentos enviados por ele à Casa preveem afastamento entre 9 de setembro e 8 de outubro e de 13 de outubro a 12 de dezembro. Em nota, a Câmara dos Deputados afirmou que não foi informada da saída do país e que não autorizou nenhuma missão oficial no exterior envolvendo o parlamentar.
Ramagem integrava o “núcleo crucial”, segundo o STF
Durante o julgamento, a Primeira Turma do STF havia determinado que todos os réus do chamado “núcleo crucial” — grupo que inclui Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — entregassem seus passaportes e permanecessem proibidos de deixar o território nacional.
A acusação contra Ramagem se concentra em sua atuação à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. O Ministério Público o responsabiliza pela criação de uma estrutura paralela para monitorar adversários políticos do então presidente e por ações destinadas a desacreditar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.
Ao contrário de outros réus do mesmo núcleo, Ramagem não respondeu pelos crimes de dano ao patrimônio relacionados aos atos de vandalismo do 8 de janeiro de 2023 porque a Câmara suspendeu essa parte da ação. A Gazeta do Povo procurou a assessoria do parlamentar, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
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