
O presidente do INSS, Gilberto Waller, pediu o afastamento da diretora Léa Bressy Amorim das funções alegando uma “notória proximidade pessoal” com o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, investigado por suspeita de envolvimento no escândalo do roubo a aposentados e pensionistas.
A solicitação foi feita através de um ofício encaminhado ao Ministério da Previdência em que alega prezar pela imagem do órgão e apoio irrestrito às investigações.
“A notória proximidade pessoal da senhora Léa Bressy Amorim com o investigado”, disse Waller no ofício.
INSS admite omissão no roubo de aposentadorias
Léa Bressy assumiu a presidência do INSS interinamente logo após a demissão de Stefanutto do cargo a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à contragosto do ex-ministro Carlos Lupi. Ela ocupa a diretoria de Tecnologia da Informação do órgão e presidiu o órgão por uma semana até a nomeação de Waller para o cargo.
Stefanutto foi demitido horas depois da Polícia Federal deflagrar a Operação Sem Desconto, em meados de abril, que descobriu um grave esquema de cobrança de mensalidades associativas irregulares a aposentados e pensionistas, num montante estimado em R$ 6,3 bilhões desde o ano de 2019. Ao todo, 11 entidades são alvos de medidas judiciais.
Na época, o então ministro Lupi pedia que Stefanutto continuasse no cargo até a investigação comprovar sua participação no esquema. No entanto, a pressão por uma resposta do governo fez o presidente Lula determinar a demissão.
Há uma semana, Alessandro Stefanutto foi preso preventivamente pela Polícia Federal por envolvimento no esquema. A defesa negou as acusações e classificou o mandado como “completamente ilegal”, com a alegação de que ele “não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”.
Escândalo gerou CPMI
A Operação Sem Desconto deu causa para a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI do INSS. Stefanutto foi um dos que passou pelas oitivas da comissão. Na ocasião, ele afirmou que tomou todas as medidas cabíveis para interromper os descontos não autorizados contra os aposentados e pensionistas.
Stefanutto é filiado ao PDT desde o início do ano, quando decidiu deixar o PSB. Ele assumiu o INSS após a indicação do então ministro da Previdência e presidente do PDT, Carlos Lupi. Antes, foi consultor para assuntos de Previdência Social no gabinete de transição para o governo Lula.
A PF estima em R$ 6,3 bilhões os prejuízos a aposentados e pensionistas em todo o país, em decorrência dos desvios ocorridos entre 2019 e 2024.
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