
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que espera encontrar o homólogo americano, Donald Trump, nos próximos dias para discutir a proposta dos Estados Unidos para encerrar a longa guerra com a Rússia.
“Temos plena consciência de que a força e o apoio dos Estados Unidos podem realmente aproximar a paz, e não queremos perder isso”, afirmou na quinta-feira (20) após receber oficialmente o esboço do plano.
O mandatário ucraniano disse que seu governo está pronto para trabalhar “de forma construtiva com o lado americano, assim como com nossos parceiros na Europa e em todo o mundo, para que o resultado seja a paz”.
Detalhes da proposta de 28 pontos ainda não foram apresentados oficialmente, no entanto informações divulgadas pela imprensa americana apontam que o documento reflete antigas exigências do regime de Vladimir Putin, incluindo a cessão de territórios pela Ucrânia, a limitação do tamanho de seu exército e a renúncia a qualquer papel para uma força de paz ocidental após um cessar-fogo.
A AFP, que teve acesso ao esboço, informou que o plano prevê que Kiev ceda as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia.
O governo de Zelensky se reuniu no dia anterior com o secretário do Exército dos Estados Unidos, Dan Driscoll, que a gestão republicana enviou à Ucrânia para tentar impulsionar as negociações de paz, que estão estagnadas.
O ucraniano afirmou ainda que as equipes americanas e ucranianas começariam a trabalhar em “pontos do plano para acabar com a guerra”, mas não deu detalhes sobre as partes que seriam discutidas.
“Nos próximos dias, o presidente da Ucrânia espera discutir com o Presidente Trump as oportunidades diplomáticas existentes e os pontos-chave necessários para alcançar a paz”, diz um trecho da mensagem divulgada pelo gabinete de Zelensky após as conversas com representantes do governo de Donald Trump na quinta-feira.
A forma como a proposta americana foi construída, no entanto, está gerando críticas de algumas partes que estiveram envolvidas nas negociações, visto que o acordo foi formulado sem a participação de entidades europeias ou ucranianas. A Rússia, por outro lado, teve suas condições ouvidas pelos Estados Unidos, apesar do governo americano ter rejeitado as alegações de que o projeto é pró-Rússia.
Kaja Kallas, a principal diplomata da União Europeia, disse que “para que qualquer plano funcione, é preciso que ucranianos e europeus estejam a bordo”.
Fontes de dentro da Ucrânia consultadas pelo jornal New York Times avaliam que Washington estaria agindo para forçar um acordo para dar fim à longa guerra no leste europeu após as recentes derrotas de Kiev no campo de batalha e ao escândalo de corrupção que teria enfraquecido o governo de Zelensky.
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