A cidade de Belford Roxo voltou a discutir a gestão passada após vir à tona um pagamento de R$ 160 mil feito ao primo do ex-prefeito Waguinho, David Carneiro de Freitas, exatamente no último dia do mandato: 31 de dezembro de 2024. O caso se destaca pelo contraste entre o valor recebido por um aliado próximo e o sofrimento de centenas de servidores que terminaram o ano sem salário, sem 13º e sem rescisão.
Este conteúdo foi estruturado para moradores que já conhecem a realidade local e entendem quem são os personagens envolvidos.
Pagamento de R$ 160 mil no último dia da gestão
Documentos oficiais da Prefeitura mostram que David Carneiro recebeu R$ 160.000,00 em um único lançamento, registrado como “férias vencidas e verbas rescisórias”. O valor chama atenção por ser muito acima das indenizações normalmente pagas a cargos comissionados em Belford Roxo.
Em anos anteriores, rescisões desse tipo raramente ultrapassaram R$ 10 mil a R$ 15 mil, segundo dados públicos e relatos de ex-servidores.
Servidores ficaram sem salário, sem 13º e sem rescisão
Ao mesmo tempo em que o pagamento milionário foi liberado, centenas de servidores:
- encerraram o ano de 2024 sem salário;
- não receberam o 13º;
- foram dispensados sem verbas rescisórias;
- enfrentaram atrasos de até 2 meses.
Esses relatos foram amplamente documentados por funcionários da Educação, Saúde e setores administrativos.
Para o morador de Belford Roxo, esse contraste é claro:
faltou para muitos, mas sobrou para quem era próximo ao poder.
Quem é David Carneiro de Freitas
David é primo de Wagner Carneiro, o Waguinho, e sempre ocupou posições estratégicas dentro da Prefeitura. Ele atuou por anos na área de Recursos Humanos, influenciando contratações, exonerações e movimentações internas.
Sua ligação familiar e política com o ex-prefeito torna esse pagamento ainda mais questionado pela população.
Procuradoria denunciou o caso ao Ministério Público
A Procuradoria Geral do Município enviou um dossiê ao Ministério Público citando:
- pagamentos considerados atípicos;
- PIX vultosos;
- movimentações financeiras incompatíveis com a função;
- possíveis irregularidades nos últimos dias do governo Waguinho.
Com base nesses documentos, o MP já acompanha o caso e pode abrir Ação de Improbidade Administrativa.
Se for comprovado que o pagamento foi indevido, David Carneiro terá que devolver o valor, além de possíveis penalidades para quem autorizou.
David saiu de Belford Roxo, mas continuou no poder público
Pouco depois do encerramento da gestão, David surgiu na Prefeitura de São João de Meriti, onde assumiu novamente funções ligadas ao setor de Recursos Humanos e levou parte de sua equipe.
Para muitos moradores, isso mostra como as redes políticas da Baixada se mantêm ativas mesmo após troca de gestão.
Por que o caso revolta os moradores de Belford Roxo
O pagamento de R$ 160 mil não acontece isoladamente. Ele se soma a:
- atrasos salariais;
- dificuldades enfrentadas por trabalhadores;
- denúncias de servidores prejudicados;
- práticas questionadas na transição de governo.
A população já conhecia os personagens, mas o valor registrado agora deixa a situação mais explícita do que nunca.
O morador vê que, enquanto profissionais essenciais ficaram sem salário para garantir o básico, um parente direto do ex-prefeito recebeu um pagamento fora dos padrões administrativos.
O caso seguirá sendo atualizado pelo BelfordRoxo24h
O canal seguirá acompanhando todas as movimentações do Ministério Público, Tribunal de Contas e possíveis desdobramentos judiciais envolvendo:
- o pagamento de R$ 160 mil;
- a gestão de Recursos Humanos na administração passada;
- a responsabilização dos envolvidos.
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