
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (24) um decreto que ordena que o Departamento de Estado e o Departamento do Tesouro iniciem os procedimentos para designar a Irmandade Muçulmana como organização terrorista estrangeira. A medida foi divulgada pela Casa Branca e estabelece um cronograma para formalizar a classificação.
Segundo o decreto, a Irmandade Muçulmana – fundada no Egito em 1928 e descrita como “uma rede transnacional” – atua no Oriente Médio de forma a “participar, facilitar e apoiar campanhas de violência e desestabilização”. O texto cita que, após os atentados terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, integrantes da Irmandade no Líbano teriam se unido a grupos como o próprio Hamas, Hezbollah e outras facções palestinas para lançar “múltiplos ataques com foguetes contra alvos civis e militares em Israel”.
De acordo com o documento, a organização também incitou agressões contra aliados dos Estados Unidos. O decreto cita que um líder da Irmandade Muçulmana no Egito “convocou ataques violentos contra parceiros e interesses americanos”, enquanto dirigentes ligados à Irmandade na Jordânia “há muito tempo fornecem apoio material ao Hamas”.
Conforme o decreto, a política oficial do governo americano passa a ser a de cooperar com parceiros regionais para “eliminar as capacidades e operações da Irmandade Muçulmana”, cortar fontes de financiamento e impedir que o grupo represente ameaça à segurança de cidadãos ou ao interesse nacional dos Estados Unidos.
O decreto determina que, dentro de 30 dias, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, enviem ao presidente um relatório conjunto com recomendações sobre a designação da Irmandade Muçulmana como grupo terrorista. Após isso, conforme o texto, as autoridades terão mais 45 dias para adotar “todas as ações apropriadas” previstas em lei para efetivar a classificação.
A Irmandade Muçulmana já é considerada organização terrorista por diversos países, entre eles Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Rússia, que acusam o grupo de promover desestabilização política, incitar violência e manter vínculos com facções armadas no Oriente Médio.
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