
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou suas ameaças de ataques terrestres a supostos traficantes de drogas venezuelanos em uma entrevista divulgada nesta terça-feira (9), enquanto membros de seu governo se preparavam para informar os principais parlamentares americanos em meio a crescentes tensões.
Em entrevista ao site Politico, o presidente republicano afirmou que poderia expandir as operações militares antidrogas para o México e a Colômbia. A conversa também abordou assuntos europeus, incluindo outro pedido de eleições na Ucrânia e apoio ao líder húngaro.
Em uma entrevista concedida na segunda-feira (8), seus comentários reforçaram grande parte de sua visão de mundo, apresentada na semana passada em um amplo roteiro estratégico dos EUA que busca redefinir o papel global do país.
A Estratégia de Segurança Nacional destacou uma nação empenhada em se reafirmar no hemisfério ocidental, ao mesmo tempo em que advertia a Europa de que deveria mudar de direção ou enfrentar o “apagamento”.
“Eles são fracos”, disse Trump ao Político, referindo-se aos líderes políticos da Europa. “Eles querem ser tão politicamente corretos.”
“Eles não sabem o que fazer”, acrescentou. “A Europa não sabe o que fazer.”
Nas Américas, Trump repetidamente descartou a possibilidade de enviar tropas dos EUA à Venezuela como parte de um esforço para derrubar o presidente Nicolás Maduro, afirmando que não queria detalhar sua estratégia militar: “Não quero nem confirmar, nem descartar.”
”Ao ser questionado sobre o uso da força contra alvos em outros países com intenso tráfico de drogas, incluindo México e Colômbia, ele respondeu: “Eu consideraria.”
Ainda nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, devem informar os líderes do Congresso e os chefes dos comitês de inteligência, segundo fontes da Reuters.
A reunião acontece após meses de campanha militar contra supostos barcos de drogas no Caribe e no Pacífico, que recebeu intenso escrutínio depois da decisão, em 2 de setembro, de lançar um segundo ataque a um barco suspeito no Caribe.
Uma porta-voz da Comissão Europeia, questionada sobre os comentários de Trump, defendeu os líderes do bloco e disse que a região continua comprometida com sua união, apesar de desafios como a guerra da Rússia na Ucrânia e as políticas tarifárias de Trump.
“Vou me abster de comentar, a não ser confirmar que estamos muito satisfeitos e gratos por termos excelentes líderes”, afirmou ao porta-voz da UE, Paula Pinho, a jornalistas, acrescentando que eles estão “liderando a UE com todos os desafios que ela está enfrentando, do comércio à guerra em nossas situações, e estão mostrando que podem estar unidos.”
Em sua entrevista, Trump disse novamente que acha que é a hora das eleições na Ucrânia, com a guerra se aproximando da marca de quatro anos. Espera-se que a Ucrânia compartilhe um plano de paz revisado com os EUA ainda nesta terça-feira, um dia depois de conversas apressadas com líderes europeus.
Ele também afirmou que não ofereceu uma ajuda financeira ao governo do aliado, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, que se reuniu com Trump no mês passado na Casa Branca.
“Não, eu não prometi a ele, mas ele certamente pediu isso”, disse ele.
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