
Ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi “contaminado” pela agenda do bolsonarismo e perdeu força em uma eventual disputa à Presidência em 2026. Maia avaliou ainda que o candidato da centro-direita que se vincular às bandeiras defendidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será derrotado na disputa presidencial.
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A uma plateia de empresários, o ex-deputado disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu reverter a situação “muito ruim” que enfrentava, com baixa popularidade, depois de vincular os bolsonaristas ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; defender a bandeira do nacionalismo e de aprovar na Câmara a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Em contrapartida, Tarcísio, que apoiou o tarifaço de Trump, se desgastou.
“Tarcísio, favorito, contaminado pela agenda maluca do bolsonarismo anti-Brasil, por um grupo que era nacionalista — uma incoerência em tudo o que está se fazendo em relação ao que falou no passado — transforma o candidato de centro-direita no candidato a perder a eleição. Então quem colar no bolsonarismo raiz não será presidente do Brasil como não foi em 2022”, afirmou Maia, ao participar de um evento promovido pelo Grupo Voto, em São Paulo.
Presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras e com bom trânsito no meio político, Maia disse que as pesquisas recentes mostram um cenário mais favorável ao presidente, depois que Lula “abraçou uma pauta populista” com vistas a 2026, com a defesa de temas como a isenção do IR e do fim da jornada de 6×1 e a taxação dos mais ricos. “Lula é muito competente, tem muita experiência, se aproveitou desse movimento todo”, afirmou.
Em seguida, criticou o Parlamento por não apresentar uma agenda que possa fazer um contraponto ao presidente e servir de norte para a direita. “Vemos um dia a Câmara falando que quer votar a redução de gasto tributário, mas aí no dia seguinte vota o incentivo fiscal da lei do esporte permanente com apoio de todos os partidos, a PEC dos agentes comunitários, que dá um cacete na reforma previdenciária”, disse.
“Não consigo enxergar no Parlamento, que geralmente faz alguma oposição, que organiza a pauta da centro-direita — porque o Parlamento é da centro-direita, sem dúvida nenhuma — uma pauta que dê um caminho”, afirmou o ex-presidente da Câmara.
Maia, no entanto, queixou-se de críticas feitas pelo presidente Lula ao Congresso, de que “nunca teve o baixo nível” que tem agora. “Lula não pode falar assim do Parlamento.”
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