
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda avaliou que a tendência de desaceleração da atividade se tornou “mais acentuada” com a revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro semestre. A SPE divulgou uma nota informativa sobre o resultado do PIB nesta quinta-feira.
Na comparação interanual, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revisou o crescimento de 2,9% para 3,1% no primeiro trimestre e de 2,2% para 2,4% no segundo trimestre. No terceiro semestre, o crescimento foi de 1,8% em relação ao mesmo período de 2024.
A nota ainda destacou que as revisões apontaram que as atividades de setores menos cíclicos tiveram melhor desempenho no primeiro semestre deste ano em comparação ao apresentado anteriormente.
“Além disso, a tendência de desaceleração da atividade, com a revisão para cima do PIB do primeiro semestre, se tornou mais acentuada, reduzindo também o carry-over para 2026. Dessa maneira, não se altera a perspectiva de desaquecimento econômico e de fechamento do hiato desenhada do segundo semestre de 2025 em diante”, apontou a SPE.
Seguindo a secretaria, o ritmo de crescimento no terceiro trimestre foi inferior ao projeto pela SPE na margem, de 0,1% em relação ao segundo trimestre, mas foi próximo ao esperado na comparação interanual. Essa diferença está relacionada às revisões, apontou.
A SPE destacou que o crescimento projetado do PIB da agropecuária deve ser “significativamente” superior à alta de 9,5% antes esperada para 2025. Além disso, o PIB da indústria, que tinha projeção de 1,3%, também deve ser revisado para cima. Por outro lado, o esperado crescimento de 1,9% nos serviços “deve ser menor”.
“Pela ótica da demanda, a contribuição da absorção tende a ser inferior a antes esperada considerando principalmente a revisão para baixo no consumo das famílias no primeiro semestre, porém o setor externo deverá compensar, sobretudo pela revisão para baixo nas importações”, diz a nota.
A secretaria ainda destacou que, com o resultado do terceiro trimestre, o carrego estatístico para 2025 subiu de 2% para 2,2%.
“Considerando todas essas mudanças, o viés de revisão para o PIB de 2025 é de alta. O carregamento estatístico até o terceiro trimestre já é de 2,2%, similar ao crescimento que a SPE projetava antes para o ano. No entanto, a expectativa continua sendo de crescimento positivo na margem ainda no quarto trimestre, repercutindo, principalmente, uma leve melhora no desempenho dos serviços”, apontou a nota.
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