
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou envolvimento do seu país nos episódios de drones avistados em sobrevoos a aeroportos e bases militares de países europeus.
Chanceler prometeu retaliar possíveis agressões. “Qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”, disse em discurso.
A declaração foi dada neste sábado (27), durante participação de Lavrov na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O chanceler representou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no evento. O líder russo não pôde comparecer por ser alvo de mandado internacional de prisão.
Drones sobrevoaram países da Europa
Circulação de drones em pontos estratégicos colocou países europeus em alerta. A União Europeia não descarta construir em conjunto um “muro contra drones”.
Equipamentos não identificados foram observados na base militar de Karup, no oeste da Dinamarca, na noite desta sexta-feira (26). A instalação militar é considerada a maior do país. Também há relatos da circulação de drones na base aérea de Oerland, na Noruega. A Polícia investiga os dois casos.
Episódio na Dinamarca foi o 3º episódio em uma semana e levou ao fechamento de aeroportos. O aeroporto de Midtjylland, perto da base de Karup, teve de ser fechado nesta sexta-feira (26). Porém, houve pouco impacto para a aviação civil, já que não havia voos comerciais marcados para aquele horário, segundo a agência DW. Na segunda-feira, o Aeroporto de Copenhague, o maior da região nórdica, foi fechado por horas após a presença de drones de grande porte. Cinco aeroportos menores, civis e militares, também foram fechados temporariamente nos dias seguintes.
“Classificação como ataque híbrido”, entendem autoridades dinamarquesas. A primeira-ministra Mette Frederiksen disse que foi “o ataque mais sério à infraestrutura crítica dinamarquesa até o momento”.
Suspeita recaiu sobre a Rússia
Voos de drone começaram poucos dias depois de a Dinamarca anunciar planos para comprar, pela primeira vez, armas de precisão e longo alcance. O argumento para a aquisição era de que Rússia seguiria sendo uma ameaça “por muitos anos”.
A União Europeia também suspeita que a Rússia esteja por trás das incursões. “A Rússia está testando a UE e a Otan, e nossa resposta tem que ser firme, unida e imediata”, declarou a jornalistas o comissário europeu para Defesa, Andrius Kubilius, ao defender a criação de um “muro antidrones” para defender o bloco de futuras violações de seu espaço aéreo.
Anteontem, Rússia declarou “rejeitar firmemente” qualquer sugestão de envolvimento nos episódios com drones na Dinamarca. Via redes sociais, a embaixada russa falou em “provocação encenada”.
Episódios semelhantes também foram registrados recentemente na Polônia e na Romênia. Já a Estônia anunciou, no início da semana, que teve seu espaço aéreo violado por caças russos e precisou escoltá-los de volta com a ajuda de caças da Otan operados por Finlândia, Itália e Suécia.
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