
A estatal PortosRio voltou ao centro das atenções ao nomear Marlon Ramos Figueiredo como novo gerente de operações. A escolha causa polêmica porque o nomeado foi preso em 2019, na Operação Tritão, deflagrada pela Polícia Federal para investigar fraudes que somavam cerca de R$ 100 milhões em contratos no Porto de Santos.
A portaria de nomeação foi assinada pelo atual diretor-presidente da PortosRio, Flávio Vieira, aliado político do ex-prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos). A decisão substitui o antigo ocupante do cargo, Dylmar Netto, e já gera críticas sobre os critérios utilizados nas indicações recentes dentro da estatal.
Quem é Marlon Ramos Figueiredo
Marlon Ramos é servidor de carreira que atuou como superintendente da Guarda Portuária de Santos, posição em que ganhou notoriedade. Em março de 2018, chegou a ser destaque em portais especializados do setor portuário, como o Segurança Portuária em Foco.
No entanto, em 2019, ele foi alvo da Operação Tritão e chegou a ser preso preventivamente por suspeita de envolvimento em um esquema milionário de fraudes.
O que foi a Operação Tritão
A Operação Tritão desmantelou um esquema de corrupção no Porto de Santos, envolvendo contratos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Entre os investigados estavam empresários, servidores e políticos, incluindo o ex-deputado federal Marcelo Squassoni.
A investigação apontava fraudes de aproximadamente R$ 100 milhões.
Nomeação oficial na PortosRio
Documentos internos confirmam que a nomeação de Marlon Ramos foi registrada em ata oficial da PortosRio (2772ª reunião), sob o número de registro 9222, vinculada ao processo administrativo SEI 50905.003411/2022-55.
O ato reforça que a decisão é formal e assinada por Flávio Vieira, hoje à frente da estatal. Vieira é conhecido por sua proximidade com o ex-prefeito de Belford Roxo, Waguinho, e já vinha sendo criticado por outras indicações consideradas irregulares.
Contexto político e repercussão
A nomeação reacendeu o debate sobre os critérios de governança e transparência nas estatais. Para críticos, a escolha de um nome ligado a um escândalo de R$ 100 milhões demonstra o peso das alianças políticas em cargos estratégicos.
Na Baixada Fluminense, a repercussão é ainda maior, já que a decisão reforça a influência de Waguinho (Republicanos) em postos-chave, mesmo após deixar a prefeitura de Belford Roxo.
Situação jurídica
Até o momento, não há condenação definitiva pública contra Marlon Ramos Figueiredo relacionada à Operação Tritão.
Em 2019, ele chegou a requerer restituição de bens apreendidos no processo, mas o pedido foi arquivado sem julgamento de mérito pelo TRF-3.
Além disso, documentos do TCU e da Justiça Federal mencionam ações coletivas de caráter previdenciário envolvendo servidores, mas não confirmam participação direta de Marlon como parte ativa.
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