
A batalha entre Pfizer e Novo Nordisk pela desenvolvedora de medicamentos para obesidade Metsera se intensificou nesta quinta-feira (6), após uma nova rodada de ofertas aprimoradas.
A farmacêutica dinamarquesa elevou sua proposta pela empresa americana de biotecnologia, apenas algumas horas depois de a Pfizer, sediada em Nova York, igualar a proposta anterior de US$ 10 bilhões feita pela concorrente na tarde de quarta-feira (5), segundo duas pessoas familiarizadas com o processo.
O valor exato em dólares ainda não está claro, embora o diretor-presidente da Novo Nordisk, Mike Doustdar, tenha dito em um evento na Casa Branca, nesta quinta, que sua proposta, atualmente, é mais alta. “Até hoje, nossa oferta é maior, e nossa mensagem para a Pfizer é que, se eles quiserem comprar a empresa, então coloquem a mão no bolso e ofereçam mais”, disse ele.
A disputa pela aquisição da Metsera evoluiu para um impasse jurídico e estratégico, com a Novo Nordisk buscando arrancar os ativos de medicamentos para obesidade da empresa americana do controle da Pfizer por meio de uma estrutura de acordo complexa que tem atraído a atenção dos reguladores.
A guerra de lances começou de forma privada em janeiro e se tornou pública na semana passada, quando a Novo Nordisk fez uma oferta não solicitada pela Metsera, desafiando o acordo de US$ 7,3 bilhões da Pfizer anunciado em setembro. Segundo registros públicos, houve pelo menos 16 ofertas separadas trocadas entre as duas empresas.
A disputa gira em torno da linha de pesquisa de tratamentos experimentais contra a obesidade da Metsera, que analistas estimam poder valer vários bilhões de dólares anuais caso sejam aprovados. Seu principal candidato é uma injeção mensal.
A Novo tenta recuperar uma posição outrora dominante no mercado de perda de peso, cada vez mais competitivo, que perdeu para a Eli Lilly, enquanto a Pfizer busca superar tropeços anteriores e entrar nesse setor altamente lucrativo.
De acordo com documentos públicos, a sétima oferta da Pfizer igualou a proposta de US$ 10 bilhões da Novo pouco antes de um prazo que a deixaria fora da disputa. A Novo respondeu na quinta-feira.
A escalada tem sido benéfica para os acionistas da Metsera. As ações da empresa subiam mais de 13% há pouco e acumularam alta de 55% desde que a Novo fez sua oferta pública não solicitada na semana passada.
A rodada mais recente de lances ocorre após a decisão de um tribunal de Delaware, na quarta-feira, de não impedir a Metsera de desistir de seu acordo com a Pfizer, e em meio ao escrutínio da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) sobre a estrutura de aquisição em duas etapas da Novo.
O Financial Times foi o primeiro a noticiar que a Novo havia aumentado novamente sua oferta depois que a Pfizer igualou a proposta. Metsera, Pfizer e Novo não comentaram sobre os novos lances.
Alguns analistas estimam que o mercado de medicamentos para obesidade atingirá US$ 150 bilhões no início da próxima década. “Alguns ativos realmente valem a pena disputar”, disse Peter Kolchinsky, sócio-gerente da RA Capital, um grande investidor em empresas de biotecnologia em estágio inicial e um dos 20 maiores acionistas da Metsera.
As ações da Pfizer subiam quase 1%, enquanto as da Novo Nordisk caíam 3,6%.
📢 Belford Roxo 24h – Aqui a informação nunca para
📞 WhatsApp da Redação: (21) 97915-5787
🔗 Canal no WhatsApp: Entrar no canal
🌐 Mais notícias: belfordroxo24h.com



