
Um bate-boca entre parlamentares marcou a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta quinta-feira (2), durante a análise de requerimentos para convocar Edson Claro Medeiros Júnior, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Segundo reportagem do portal Metrópoles, Edson teria auxiliado Antunes na venda de veículos de luxo por valores abaixo do mercado, com o objetivo de levantar recursos. Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI do INSS, alegou que Edson estaria sendo ameaçado por Antunes, reforçando o pedido de sua oitiva. O “careca do INSS” já havia negado a acusação anteriormente, classificando-a como “completamente descabida”.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), porém, orientou que o requerimento fosse rejeitado pelos governistas do colegiado. Ao ser interrompido por Gaspar, Pimenta protestou, alegando que não havia previsão para a fala do relator naquele momento, levantou-se e bateu na mesa. “No grito, aqui ninguém ganha nada”, respondeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI.
Gaspar insistiu que haveriam “pressões externas” para impedir o depoimento de Edson Claro. “Tem muita gente lá fora com medo pela vida do senhor Edson Claro, porque ele quer falar, ele quer falar com documentos”, afirmou. E completou: “Ele está sendo impedido por forças ocultas de ser chamado aqui. Tem gente com medo”.
Apesar das alegações, os requerimentos para ouvir o ex-funcionário do Careca do INSS foram rejeitados por 16 votos contrários e 14 favoráveis. O deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) anunciou que apresentará um novo pedido para convocar Edson Claro Medeiros Júnior.
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Oitiva de Onyx gera tensão entre parlamentares da CPMI
Antes dos atritos gerados pela convocação de Edson, Pimenta e Viana já haviam discordado sobre a oitiva do ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni. Inicialmente, Viana havia dito que ex-ministro poderia ser ouvido na próxima segunda-feira (6), mas afirmou que a prioridade seria a oitiva do empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram as fraudes em aposentadorias e pensões. O empresário é ex-sócio do advogado Nelson Willians, outro alvo da PF e da CPMI.
Após a declaração, Pimenta tergiversou e questionou Viana sobre a importância do depoimento de Onyx. Em resposta, o presidente da comissão reforçou o posicionamento.
“Se nós tivermos algum convocado diretamente investigado que se predispõe a vir na data, nós vamos colocar, até para a gente evitar novos habeas corpus e a gente ficar aqui com as mãos amarradas. Então, quanto antes a gente ouvir o núcleo principal melhor”, afirmou Viana.
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