
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o ultimato dado pelo PP e pelo União Brasil a filiados que fazem parte do governo a deixarem ministérios, como André Fufuca (Esportes) e Celso Sabino (Turismo). Em tom de desafio, o petista afirmou que não pretende negociar apoio político e que não implorará para manter partidos ao seu lado nas eleições de 2026.
Fufuca e Sabino estão resistentes a deixar o governo mesmo sob a ameaça de expulsão das legendas. O primeiro diz que estará com Lula em 2026, enquanto que o segundo se segura no cargo pelo menos até o fim da COP 30, em novembro, que usará como vitrine para possivelmente concorrer ao Senado pelo Pará na próxima eleição.
“Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo, vai estar comigo quem quiser estar comigo. Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado”, disse Lula na segunda (6) em entrevista à TV Mirante, afiliada da TV Globo no Pará.
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Lula ainda disparou que o ministro que quiser deixar o governo está livre para fazê-lo. No entanto, a permissão foi dada com uma ameaça.
“Vai ficar comigo quem quiser. Quem quiser ir para o outro lado que vá, e que tenha sorte, porque nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, completou.
A fala de Lula ocorreu na véspera de um evento oficial na cidade de Imperatriz (MA), um dos principais redutos do agronegócio maranhense, região onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve ampla vantagem no segundo turno de 2022 — 54,8% dos votos, contra 45,2% do atual presidente.
Questionado sobre as ameaças feitas por PP e União Brasil aos seus ministros, Lula classificou como um erro de postura das legendas. Para ele, o desempenho positivo das pastas deveria ser motivo de reconhecimento, não de disputa.
“Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez de achar que atrapalhar um bom ministro que está fazendo um bom trabalho? Foi raiva? Foi inveja? Quando chegar a época das eleições, cada um vai para o canto que quiser”, afirmou.
Ainda durante o evento, o presidente disse acreditar que o governo chegará a 2026 em alta e se mostrou confiante na reeleição.
“Se a gente brincar em serviço, a gente acaba dando para o adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026. O governo vai terminar muito bem, o Brasil está vivendo um momento excepcional”, declarou.
Celso Sabino chegou a entregar a Lula uma carta de demissão, mas voltou atrás. Por conta do descumprimento do ultimato, o União Brasil discutirá nesta terça (7) o processo disciplinar instaurado contra ele no último dia 30 e que pode levá-lo à expulsão.
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