
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocou em pauta, nesta quarta-feira (22), um requerimento de urgência a um projeto de resolução que pretende criar uma bancada cristã. Caso aprovada a criação, a bancada passa a ter direito a um líder e, com isso, um voto para definir as pautas na Casa. A reunião do Colégio de Líderes ocorre tradicionalmente às terças-feiras, e define quais projetos serão levados a plenário naquela semana.
A ideia dos deputados é unir as frentes parlamentares católica e evangélica, ambas comandadas por parlamentares do PSD. Enquanto a frente evangélica é conduzida pelo deputado federal Gilberto Nascimento (SP), a católica é liderada pelo deputado federal Luiz Gastão (CE). O primeiro a assumir o cargo de líder da nova bancada será Nascimento, mas os grupos se comprometeram a alternar o ocupante do cargo anualmente entre líder da bancada católica e líder da bancada evangélica.
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Além de voto na definição da pauta, líder de bancada possui outros direitos
Não é apenas a possibilidade de influenciar na pauta que garante poderes especiais ao líder de uma bancada. O cargo garante acesso direto à Mesa Diretora, o que dá a possibilidade de negociar com o presidente da Casa durante a sessão. Além disso, os líderes podem negociar tempo de fala durante as sessões.
Além da possibilidade de participar diretamente de reuniões com o governo federal e de articulações diversas, há impacto nas comissões: a bancada poderá indicar a Motta um representante.
A articulação ocorre ao mesmo tempo em que o Parlamento passa pela discussão da reforma do Código Civil. Embora tramite no Senado, o projeto deve passar ainda pela Câmara. As alterações propostas pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) geram preocupação de grupos religiosos, uma vez que alteram a concepção de família.
A preocupação, no entanto, não é apenas com uma possível aprovação. Enquanto o projeto avança, líderes religiosos têm denunciado dificuldade para obter voz na discussão dentro do Senado.
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