
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) transformou em mais um ato de pré-campanha eleitoral a sua participação na corrida em comemoração aos 95 anos do Ministério da Educação (MEC), realizada neste domingo (28) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Após percorrer três quilômetros em 35 minutos ao lado da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, o petista recebeu uma medalha e fez um discurso marcado por provocações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela exaltação de políticas educacionais em seus três governos.
“Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminhada. Caminhada de educadores”, disse Lula, ao lado do atual ministro da Educação, Camilo Santana, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que comandou a pasta em 2005. A motociata é uma referência direta às concentrações populares organizadas por Bolsonaro.
A fala, em tom eleitoreiro, também foi acompanhada de acenos à categoria docente: “Essa medalha é para todos os professores de todos os graus de ensino do Brasil”. O evento reuniu servidores, terceirizados, atletas amadores e autoridades, entre eles os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Padilha (Saúde). Em alguns momentos, Lula também se arriscou a correr.
O presidente aproveitou para destacar números da educação: “Encontramos esse país com 68% da população com o ensino fundamental mal construído. Nossa evolução é muito grande. Ela não é só na comida, no emprego e no salário, mas também na educação”, disse.
Lula manda recado a Trump: “ninguém mais vai dar palpite sobre o Brasil”
Recorrendo novamente ao tema soberania, explorado eleitoralmente em meio às tensões com os Estados Unidos, Lula afirmou: “Temos consciência que é através da educação – da creche à universidade, da alfabetização a um curso de engenharia – que a gente vai tornar o Brasil soberano, para nunca mais ninguém dar palpite sobre o Brasil.” Trata-se de mais um recado ao presidente americano Donald Trump.
Na despedida, Lula ampliou a homenagem aos participantes da corrida, mas novamente deu ênfase ao simbolismo político do ato. “Essa medalha também é para as pessoas que estão caminhando seis quilômetros, para os que estão correndo 10. Esses, sim, são atletas”, afirmou, em clima de comício disfarçado de celebração esportiva.
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