
O governo de Israel permitiu a entrada de uma equipe técnica do Egito para trabalhar com a Cruz Vermelha na localização dos corpos de reféns em Gaza. A equipe deve usar escavadeiras e caminhões para as buscas.
Os corpos de 13 reféns israelenses permanecem em Gaza. O Hamas alega enfrentar dificuldades para localizá-los sob os escombros deixados pelos combates.
Um porta-voz do governo israelense afirmou hoje que o Hamas — que libertou os 20 reféns vivos restantes capturados em outubro de 2023 — sabe onde os corpos estão.
“Israel sabe que o Hamas tem conhecimento da localização de nossos reféns falecidos. Se o Hamas se esforçasse mais, conseguiria recuperar os restos mortais”, disse o porta-voz.
A devolução dos corpos é uma das medidas previstas pelo acordo de cessar-fogo apoiado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na semana passada, Trump ameaçou o grupo palestino ao afirmar que “aliados” dos EUA teriam se mostrado dispostos a entrarem na Faixa de Gaza e “acabarem [com o Hamas]” se o grupo continuasse “violando” o acordo de cessar-fogo firmado com o Israel.
“Eu disse a esses países, e a Israel: ‘Ainda não’. Ainda há esperança de que o Hamas faça o que é certo”, completou o presidente americano, mencionando ainda que o Hamas não acatar sua solicitação, o grupo terá um fim “rápido e brutal”.
Forças estrangeiras em Gaza
Também neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país decidirá quais forças estrangeiras permitirá em uma força internacional em Gaza, destinada a ajudar a garantir um cessar-fogo frágil no âmbito do plano de Trump.
Ainda não está claro se países árabes e outros Estados estarão dispostos a enviar tropas — em parte devido à recusa do Hamas em se desarmar, como exige o plano. Israel manifesta preocupações sobre a composição da força.
Embora o governo dos Estados Unidos tenha descartado o envio de soldados americanos para a Faixa de Gaza, Washington tem conversado com Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Catar, Turquia e Azerbaijão sobre contribuir para a força multinacional.
“Estamos no controle da nossa segurança, e também deixamos claro, em relação às forças internacionais, que Israel decidirá quais forças são inaceitáveis para nós — e é assim que agimos e continuaremos a agir”, disse Netanyahu.
“Isso, é claro, é aceitável para os Estados Unidos, como seus representantes mais graduados expressaram nos últimos dias”, afirmou ele durante uma reunião de gabinete.
Israel, que manteve Gaza sob cerco por dois anos em apoio à sua guerra aérea e terrestre contra o Hamas após o ataque transfronteiriço do grupo em 7 de outubro de 2023, continua controlando todos os acessos ao território.
Israel se opõe à Turquia em Gaza
Na semana passada, Netanyahu deu a entender que se oporia à participação de forças de segurança turcas em Gaza. As outrora cordiais relações entre Turquia e Israel se deterioraram drasticamente durante a guerra em Gaza, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticando duramente a campanha aérea e terrestre israelense no enclave palestino.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em visita a Israel com o objetivo de reforçar a trégua, afirmou na sexta-feira que a força internacional deveria ser composta por “países com os quais Israel se sinta confortável”. Ele não comentou a possível participação turca.
Rubio acrescentou que o futuro governo de Gaza ainda precisava ser definido entre Israel e países parceiros, mas não poderia incluir o Hamas.
Mais tarde, ele disse que os EUA estavam recebendo sugestões sobre uma possível resolução da ONU ou acordo internacional para autorizar a força multinacional em Gaza e que discutiriam o tema no domingo, no Catar — um mediador-chave no conflito.
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