
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quinta-feira (11) que pode deixar a pasta para ter uma atuação mais ativa na campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Ele reforçou que não pretende ser candidato no próximo pleito.
“Eu tenho a intenção de colaborar com a campanha do presidente Lula, e disse isso a ele, que eu não pretendo ser candidato em 2026, mas quero dar uma contribuição para pensar o programa de governo, para pensar como estruturar a campanha dele”, disse o ministro em entrevista ao jornal O Globo.
Haddad relatou que a reação do presidente foi “muito amigável”, sinalizando que concorda com os planos. Questionado se a saída da Fazenda estava definida, ele respondeu que “é uma possibilidade”, mas afirmou que a data não foi discutida.
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Haddad fez questão de esclarecer que seu objetivo é se colocar à disposição do partido e “servir ao que for designado”, e não coordenar a campanha. Sobre as cogitações do PT para lançá-lo para o governo ou Senado em São Paulo, o ministro disse que as pessoas já estão informadas sobre sua intenção de não ser candidato.
“Faz bastante tempo que eu tenho dito isso. Passei por três eleições muito difíceis, no pior momento do partido”, lembrou. Haddad foi candidato à presidência da República em 2018 após Lula ser preso na Operação Lava Jato. Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu com 55,13% dos votos enquanto o ministro teve 44,87%.
Correios precisa de “reinvenção”, diz Haddad
Ao Globo, Haddad afirmou que os Correios precisam de uma “reinvenção” para reverter um rombo financeiro. O prejuízo acumulado em 2025 chegou a R$ 6 bilhões até setembro, quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado.
“Há muitas empresas atuando no Brasil na logística, e que encontram o seu caminho de fazer as encomendas chegarem ao destinatário. Então, vai ter que ter uma reinvenção dos Correios”, disse.
Nesta terça (9), o governo publicou o decreto que autoriza a concessão de garantia da União para um empréstimo de R$ 20 bilhões para socorrer a estatal. Questionado sobre como a reinvenção poderia ocorrer, o ministro citou que a Caixa Econômica ou outros bancos podem fazer parcerias para ter “capilaridade nos serviços”.
Além dos Correios, ele mencionou que a Eletronuclear é um “desafio histórico”. Segundo Haddad, as duas estatais são as “que inspiram mais cuidado”.
O ministro também abordou o arrefecimento da agenda econômica, sugerindo que a produtividade legislativa está menor, causando “angústia” no Executivo. “Se a pauta fica um pouco travada pela ação da oposição, inclusive com uma agenda que nem sempre é aquela que o país espera, isso vai criando esse tipo de dificuldade”, afirmou.
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