
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou nesta terça-feira (9) a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e se recusou a deixar o espaço. A Polícia Legislativa foi chamada e retirou o parlamentar à força. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a possível cassação de Glauber será analisada pelo plenário.
A TV Câmara cortou a transmissão da sessão. “Eu aqui ficarei até o limite das minhas forças”, disse Glauber ao sentar na cadeira de Motta. Glauber resistiu e foi arrastado por policiais legislativos. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento da ação dos agentes.
A Polícia Legislativa esvaziou o plenário e a imprensa foi impedida de permanecer e registrar a confusão. Em meio a confusão, a segurança da Câmara também restringiu o acesso ao Salão Verde.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT), tentou convencer Glauber a encerrar o protesto, que começou durante os discursos parlamentares. A sessão de votação ainda não havia sido aberta.
“Então a gente vai tentar, a partir de agora — eu estou indo para a liderança do governo — tentar achar uma saída política, porque isso não é bom para a Casa. Não é bom ter ocupação de Mesa. Mas uma saída política rápida, porque não pode acontecer de novo o que aconteceu daquela outra vez, daquele sequestro da Mesa”, disse Lindbergh em referência ao protesto realizado pela oposição.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou Glauber e lembrou que a oposição buscava pautar o projeto da anistia quando ocupou a Mesa Diretora.
“Ele está ali por causa dele. Nós estávamos ali pela anistia, uma pauta maior do que nós mesmos e de forma pacífica. Isso mostra a individualidade e o egoísmo dele, de parar a Casa toda por causa dele, que está sendo processado por cassação por ter agredido uma pessoa aqui dentro. Imagina se sou eu? Eu já estaria cassado há muito tempo”, disse Nikolas.
Cassação de Glauber Braga
Em abril, o Conselho de Ética da Câmara recomendou ao plenário a cassação do mandato de Glauber Braga por quebra do decoro parlamentar. O relatório foi aprovado por 13 votos pela cassação e 5 contra. No ano passado, o deputado expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) de dentro da Câmara aos chutes e empurrões.
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