
O ministro André Fufuca (PP-MA), do Esporte, enfrentou o dirigente do seu partido, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), e disse que continuará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Ele foi um dos alvos do ultimato da legenda para deixar o governo após a formação da federação com o União Brasil.
Fufuca entrou no governo em 2023 durante uma longa negociação para ampliar a base de apoio de Lula no Congresso, mas parte considerável do PP não aderiu ao governo e seguiu na oposição capitaneada por Ciro, que é forte aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao formar uma federação com o União Brasil, ele e Antônio Rueda determinaram que seus filiados deixassem a Esplanada.
No entanto, Fufuca seguiu o caminho do colega do União, Celso Sabino (União-PA), do Turismo, e decidiu continuar na base.
“O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Mas agora em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, pode ser. Mas, minha alma, meu coração, minha força de vontade estarão livres para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil”, afirmou em um evento ao lado do petista em Imperatriz (MA), nesta segunda (6) (veja trecho).
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No mesmo evento, Fufuca teceu elogios a Lula se dizendo honrado em fazer parte do governo e de apoiar com ele programas sociais deste terceiro mandato.
“É uma honra saber que eu faço parte como ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. […] É por isso que eu falo em alto e bom som, presidente. Eu estou com Lula. Eu estou com o Lula do Bolsa Família, eu tô com o Lula do Vale Gás, o Lula do Pé de Meia”, pontuou (veja trecho).
O ultimato da federação União-PP foi dado no início de setembro para que todos os filiados deixassem cargos no governo Lula, em uma estratégia para a eleição de 2026. Enquanto que o PP deve apoiar um candidato indicado por Bolsonaro, o União já tem a pré-candidatura do governador goiano Ronaldo Caiado (União-GO) para a presidência da República.
O comunicado da federação determinava que a recusa ao cumprimento do ultimato levaria o filiado ao afastamento e, posteriormente, a punições disciplinares. O prazo para Fufuca deixar o governo termina nesta terça (7).
“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta Federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no Estatuto”, aponta o documento.
Já Celso Sabino chegou a entregar a Lula uma carta de demissão, mas voltou atrás e disse que continuaria no governo pelo menos até o fim da COP 30 de Belém, sua base eleitoral e que pretende disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2026. A organização e a participação no evento devem ser usadas por ele como uma vitrine para a disputa.
Por conta desse descumprimento do ultimato, o União Brasil discutirá nesta terça (7) o processo disciplinar instaurado contra ele no último dia 30 e que pode levá-lo à expulsão.
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