
O fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, avalia que a atual conjuntura macroeconômica do Brasil não é favorável, mas diz que é otimista sobre o futuro e que o quadro é temporário. “A foto do Brasil hoje não é boa, tem um déficit grande nas contas públicas”, afirmou nesta sexta-feira (26) no evento da Petrópolis Invest – XP, em Itaipava, na serra fluminense.
De acordo com o empresário, o cenário desencadeia juros elevados, o que também aumenta o custo de oportunidade no país. “Se você tem uma Selic de 15% ao ano, você vira rentista e mata toda a força empresarial de um país. Isso faz com que as pessoas não queiram empreender.”
Mas a conjuntura é “temporária”, na avaliação de Benchimol. “Independentemente do governo que seja eleito ano que vem, vamos ter que mexer nas contas públicas, e eu estou otimista nesse aspecto, vamos ter que endereçar isso mais cedo ou mais tarde”, disse.
Benchimol comparou a trajetória do país à do empreendedorismo. “A gente vai na direção certa, mas não é uma linha reta, é um zigue-zague.”
Apesar dos desafios macroeconômicos, o fundador da XP vê no Brasil um dos maiores potenciais para criar novos negócios. Para ele, há inúmeros espaços a serem preenchidos, principalmente quando o país é comparado a nações mais desenvolvidas, onde “não falta nada”.
“O Brasil é o país que mais tem oportunidade do ponto de vista micro, tem muita dor quando a gente olha a microeconomia em qualquer segmento”, afirmou. “Olha onde nós [XP] estamos hoje em dia, houve quantas crises nesses últimos anos e não paramos de crescer. Se eu fosse empreender novamente, seria aqui, porque aqui ainda falta tudo”, completou.
Benchimol também destacou o salto no número de empreendedores no país como sinal positivo de transformação. “Saímos de 6 milhões em 2010 para 24 milhões hoje, temos um país mais liberal na prática, mais gente empreendendo. Tem uma mudança super importante acontecendo no país.”
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