
A startup japonesa de biotecnologia Spiber anunciou nesta terça-feira que concordou em receber apoio financeiro de Maya Kawana, filha mais velha de Masayoshi Son, fundador e executivo-chefe (CEO) do SoftBank Group.
A Spiber enfrenta dificuldades financeiras e tem uma dívida de 36,2 bilhões de ienes (US$ 230 milhões) com vencimento no final do mês. Kawana planeja estender o apoio à Spiber durante o primeiro semestre do próximo ano, assim que certas condições forem atendidas.
Kawana afirmou que busca colocar a Spiber na vanguarda do setor de startups de biotecnologia e que encara a parceria “com uma perspectiva de longo prazo”, não focada em ganhos imediatos, como uma oferta pública inicial de ações (IPO).
Após iniciar sua carreira no Goldman Sachs Japan, Kawana fundou a consultoria de marcas Bold em 2019, da qual é CEO. Anteriormente, atuou como pesquisadora visitante e professora associada na Universidade Ritsumeikan, em Kyoto.
A Spiber, fundada em 2007, produz biofibras a partir de proteínas artificiais derivadas de plantas. A tecnologia é baseada em pesquisas sobre seda de aranha realizadas pela Universidade Keio, em Tóquio.
A carteira de clientes da empresa inclui a marca de luxo Burberry e a fabricante japonesa de roupas esportivas Goldwin. A Spiber está entre as poucas startups japonesas não listadas em bolsa com avaliações superiores a US$ 1 bilhão.
Entre os investidores da Spiber estão a Goldwin, o Carlyle Group, o Cool Japan Fund e a fornecedora japonesa de materiais Komatsu Matere. A empresa captou 40 bilhões de ienes entre 2020 e 2021 por meio de securitização de valor, utilizando propriedade intelectual como garantia.
No entanto, os custos de investimento em uma fábrica nos Estados Unidos que produz matéria-prima aumentaram mais do que o previsto devido à desvalorização do iene e à inflação. Em 2024, a Spiber registrou um prejuízo líquido de 29,5 bilhões de ienes sobre uma receita operacional de 414 milhões de ienes.
Em seu relatório anual divulgado em abril, a Spiber emitiu um alerta sobre sua capacidade de sobreviver como empresa em atividade. A nota citava dúvidas sobre a obtenção de fundos para cobrir o pagamento iminente da dívida.
A Spiber está em negociações com credores sobre um plano de reestruturação da dívida e solicitou aos bancos a prorrogação do prazo de pagamento.
“Ao firmar um acordo de patrocínio com Kawana, poderemos continuar operando nossos negócios”, afirmou um representante da Spiber.
A startup busca reorganizar suas operações, aproveitando as sinergias oferecidas pelos negócios de Kawana. Isso incluirá uma reformulação da infraestrutura de produção no início do próximo ano. O contrato da Spiber com a Kawana conta com o entendimento dos acionistas, segundo a empresa.
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