
Os ex-ministros Ricardo Bonilla, da Fazenda, e Luis Fernando Velasco, do Interior, que integraram o governo do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foram enviados nesta quinta-feira (18) à prisão preventiva por decisão do Tribunal Superior de Bogotá, no âmbito do escândalo de corrupção da Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD).
Segundo a decisão judicial, Bonilla e Velasco são acusados de liderar uma organização criminosa que, entre 2023 e 2024, teria destinado mais de 612 bilhões de pesos (cerca de US$ 163 milhões) para pagar congressistas em troca de apoio legislativo ao governo. A ordem de prisão foi adotada como medida de segurança enquanto o processo avança.
De acordo com o Ministério Público colombiano, os ex-ministros respondem por conspiração para cometer delitos, oferecer ou dar suborno e interesse indevido na celebração de contratos. As acusações foram formalizadas no início do mês, mas ambos rejeitaram as imputações e não aceitaram os termos da acusação, conforme informado pela Promotoria.
Na decisão, a juíza Aura Alexandra Rosero afirmou que o fato de os investigados não ocuparem mais cargos públicos não elimina os “riscos do processo”. Segundo a magistrada, as condutas apuradas não se limitaram ao exercício das funções, mas se apoiaram em redes políticas e administrativas já consolidadas, operadas por meio de terceiros.
O tribunal considerou que a prisão preventiva é “adequada, necessária e proporcional”, destacando que o risco não se restringe à fuga, mas à possibilidade de os investigados rearticularem ou continuarem práticas criminosas.
Segundo a investigação, Bonilla, que chefiou a Fazenda entre maio de 2023 e dezembro de 2024, teria relação com uma licitação de ao menos 92 bilhões de pesos (cerca de US$ 23 milhões) em benefício de seis congressistas, em troca de apoio parlamentar à ampliação do limite de endividamento do governo. Ele deixou o cargo após ter o nome vinculado às irregularidades da UNGRD.
Velasco, por sua vez, tem longa trajetória política: foi presidente do Senado, dirigiu brevemente a UNGRD em abril de 2023 e comandou o Ministério do Interior entre maio de 2023 e junho de 2024, segundo registros oficiais.
O escândalo da UNGRD veio a público em fevereiro de 2024, após denúncias da imprensa, e passou a ser tratado como o maior caso de corrupção do governo Petro. Desde então, a apuração avançou e levou à prisão, em 7 de maio, dos ex-presidentes do Senado, Iván Name, e da Câmara dos Deputados, Andrés Calle, investigados por suborno e peculato.
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