
Os Estados Unidos e o Catar solicitaram nesta quarta-feira (22) que a União Europeia (UE) amenize seu conjunto de regras de sustentabilidade corporativa (ESG, na sigla em inglês), ao afirmarem que esse regulamento pode colocar em xeque o comércio de gás natural liquefeito (GNL) com o bloco europeu.
A UE está negociando mudanças para isentar mais empresas da lei de diligência devida, que exige que as companhias que operam dentro do bloco resolvam questões de direitos humanos e ambientais em suas cadeias de suprimentos, sob risco de multas de 5% do faturamento global.
O Parlamento Europeu votará ainda nesta quarta-feira se avança com as mudanças planejadas ou negocia mais ajustes. A UE pretende aprovar as alterações até o final deste ano.
As regras “representam um risco significativo para a acessibilidade e confiabilidade do fornecimento crítico de energia para residências e empresas em toda a Europa e uma ameaça existencial ao crescimento futuro, competitividade e resiliência da economia industrial da UE”, disseram o ministro de energia do Catar, Saad al-Kaabi, e o secretário de energia dos EUA, Chris Wright, em uma carta aberta conjunta aos líderes dos países da UE.
Na semana passada, Al-Kaabi disse que o Catar não conseguiria fazer negócios na UE, incluindo o fornecimento de GNL para a Europa enquanto ela corre para substituir a energia russa, a menos que mais mudanças sejam feitas na lei de diligência devida.
A UE também está aumentando as importações de GNL americano para substituir os suprimentos da Rússia. Os EUA foram o maior fornecedor de GNL da UE no ano passado, fornecendo 45% do total. O Catar forneceu 12%, ficando em terceiro lugar, atrás da Rússia.
A diretiva de diligência devida para sustentabilidade corporativa (CSDDD) é uma peça-chave dos esforços da Europa para a transição para uma economia mais limpa, e uma tentativa de usar a posição da UE como um grande mercado para incentivar parceiros comerciais a fazer o mesmo.
Mas a lei enfrentou resistência de líderes na Alemanha e na França, enquanto empresas como a ExxonMobil exigiram que a UE retire a lei completamente, alegando que ela levaria empresas a deixarem a Europa.
A carta dos EUA e do Catar pediu à UE que reconsidere a aplicação da lei para empresas não europeias, as penalidades para não conformidade, e o requisito para que as empresas tenham planos para cumprir metas relacionadas às mudanças climáticas.
As mudanças sendo negociadas em Bruxelas não abordam essas preocupações, disse a carta.
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