Conselheiro de Trump diz que Moraes deve ser preso

Jason Miller, um dos conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou suas críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes neste final de semana, dizendo que “não descansará até ele ser preso”.

“Alexandre de Moraes pertence à PRISÃO!!! O que ele está fazendo com o presidente [ex-presidente Jair Bolsonaro] é repugnante, e o que ele fez com Filipe Martins é condenável. Não vou desistir até que o careca esteja atrás das grades e receba tudo o que merece!!!”, escreveu Miller.

A publicação foi feita em resposta a uma mensagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro no X sobre o caso de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve prisão preventiva decretada por Moraes em fevereiro de 2024.

Eduardo postou um vídeo nas redes sociais, acompanhado da seguinte mensagem: “Filipe Martins: preso por uma viagem que não fez e, agora, acusado de uma reunião que não participou! SOLTE FILIPE MARTINS, ALEXANDRE DE MORAES!”.

O comentário surge após a divulgação de um comunicado pelo governo dos Estados Unidos, confirmando que Martins não entrou no país no dia 30 de dezembro de 2022, como havia sido apontado em documentos usados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para justificar sua prisão.

No vídeo, Eduardo Bolsonaro se referiu ao ex-assessor de seu pai como uma das pessoas “mais perseguidas pelo ministro Alexandre de Moraes”.

“Filipe Martins começou numa solitária, passou dias sem ver a luz do sol, sem ter direito a sair da cela. Ficou seis meses preso, enquanto Moraes oferecia a todo momento a possibilidade de uma delação premiada, na tentativa de inventar algo para conectar Bolsonaro ao golpe da ‘Disney’. Filipe foi homem, segurou a onda, foi solto e hoje a verdade vem à tona”, afirmou o deputado, acrescentando que o ex-assessor da Presidência do Brasil é “inocente”.

Cerca de um mês atrás, o conselheiro de Trump Jason Miller reagiu a uma declaração de Moraes dizendo que os Estados Unidos “não negociam com terroristas”. A resposta surgiu depois que o ministro afirmou que a “soberania [do Brasil] jamais será negociada”.

A Gazeta do Povo entrou em contato com o STF para possível manifestação, mas até o momento da publicação não houve retorno.