
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu neste sábado (15) que o governo intensifique as negociações com os Estados Unidos para derrubar tarifas que seguem limitando a entrada de produtos brasileiros naquele mercado. A cobrança ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a retirada da sobretaxa imposta em 2 de abril sobre itens como café, carne bovina e frutas — medida que vale para produtos de qualquer origem.
A tarifa de 10% aplicada em abril deixou de valer após a decisão de sexta-feira (14). No entanto, permanece em vigor a cobrança adicional de 40%, instituída em agosto, o que mantém o Brasil em desvantagem competitiva. Para a CNI, é urgente avançar nas negociações para evitar perda de espaço no principal destino das exportações industriais do país.
“Países que não enfrentam essa sobretaxa [de 40%] terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos. É muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores”, afirmou o presidente da entidade, Ricardo Alban.
Segundo a CNI, a medida anunciada pelos EUA retira as taxas aplicadas em abril para 238 produtos agrícolas; desses, 80 são exportados pelo Brasil. Apenas quatro itens — três tipos de suco de laranja e castanha-do-pará — ficam totalmente isentos. Os demais 76, incluindo carne bovina e café não torrado, continuarão sujeitos à tarifa de 40%.
Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA desses 80 produtos somaram US$ 4,6 bilhões, o equivalente a cerca de 11% do total, com destaque para café não torrado, suco de laranja, carne bovina e frutas.
A Casa Branca informou que a retirada das taxas de abril tem efeito retroativo e passou a valer à 0h01 de quinta-feira (13/11). A decisão beneficia diretamente itens brasileiros como café, carne e frutas, entre elas o açaí, que estavam submetidos a uma taxação de 50%.
As negociações entre os dois países começaram a ganhar ritmo depois do encontro breve entre Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. O movimento mais recente foi a reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na última quinta-feira (13), em Washington. Após o encontro, Vieira informou que o Brasil entregou uma proposta ao governo dos EUA e aguarda resposta.
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