
Nesta sexta-feira (3), o ex-ministro e ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) fez mistério sobre seu futuro político e não descartou uma candidatura à Presidência em 2026. Ao mesmo tempo, o pedetista elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com ressalvas sobre sua ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu uso a palavra pretendo, não mais e tal. Porque amanhã, eventualmente, se for minha obrigação, meu dever, eu não posso recusar”, disse Ciro Gomes a jornalistas, quando questionado sobre uma nova disputa presidencial em 2026. As afirmações ocorreram durante o 30° Congresso Nacional de Administração, em Goiânia, e foram divulgadas pelo Diário de Goiás. “Meu destino sempre me levou a disputas. Quem sabe eu não possa fazer isso de novo?“, complementou.
A declaração desta sexta contraria o que ele disse há menos de um mês, quando descartou concorrer novamente nas eleições presidenciais. “Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade; sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi”, disse a uma rádio em Contagem (MG).
Ele comentou ainda o segundo turno das últimas eleições presidenciais. “Na eleição passada foi extremamente constrangedor para mim ver o país se dividir entre Lula e Bolsonaro, dois corruptos despreparados. Foi dolorido demais”, afirmou.
O ex-ministro também criticou a polarização política, o endividamento público e o aumento de emendas parlamentares sob o governo Lula. “Todos atacávamos o Bolsonaro porque ele usava R$ 42 bilhões em emendas. Pois bem, o Lula já liberou R$ 63 bilhões. Antes chamávamos de corrupção, agora chamam de governabilidade”, ironizou.
Insatisfação com o PDT e elogios a Ronaldo Caiado com ressalvas
Durante o evento, Ciro Gomes expressou descontentamento com o PDT e confirmou convites para integrar novas legendas de olho em 2026, como o PSDB e a federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o PP.
“Tive esse convite extremamente honroso pra mim, porque sou originalmente fundador do PSDB, me afastei porque ele se afastou um pouco da sua concepção original. Mas eu estou muito infeliz no PDT, a burocracia do PDT me tirou o partido no Ceará. Hoje, se eu quiser ser candidato no Ceará, eu não tenho partido. O meu partido foi vendido para o PT”, disse Ciro em vídeo publicado pela Folha Z, veículo de imprensa local.
Ciro Gomes também comparou a segurança pública no Ceará e em Goiás, criticando duramente o governo estadual cearense, administrado pelo PT, e elogiando o trabalho do governador goiano, Ronaldo Caiado (União).
“Acho que ele sobre um pouco dessa bolsonaro-dependência, penso que não era necessário”
Ciro Gomes sobre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado
“Eu o conheço pessoalmente, ele tem decência pessoal e é um bom administrador. Sem ser indelicado, acho que ele sofre um pouco dessa “bolsonaro-dependência”, penso eu que não era necessário, e tem que se esforçar um pouco mais para conhecer melhor o Brasil”, disse Ciro em conversa com jornalistas durante o evento publicada pelo Folha Z.
“A conferir, mas o que se diz fora do Brasil é que aqui em Goiás as coisas [na segunça pública] funcionam, ao contrário do meu estado. Meu estado, por exemplo, é hoje dominado por facções criminosas. [Há] uma declaração chocante do Ministério Público que diz que pelo menos 590 políticos cearenses estão envolvidos em facções criminosas”, complementou.
A Gazeta do Povo tentou contato com Ciro Gomes, mas não obteve sucesso até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
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