
Os dois candidatos que disputam o segundo turno da eleição presidencial chilena já votaram. Jeannette Jara, do Partido Comunista, votou no município chileno de Conchalí, enquanto José Antonio Kast, direitista do Partido Republicano e favorito de acordo com as pesquisas, votou na capital, Santiago.
Kast apresentou um discurso de conciliação. “Quem quer que vença, seja Jeannette Jara ou eu, terá de ser presidente de todos os chilenos, independentemente de as pessoas terem votado em mim ou nela”, disse o candidato a repórteres após votar, acrescentando que “todas as questões que nos preocupam e nos ocupam não têm cor política”, adicionou, de acordo com o site da CNN. Ao longo de sua campanha, ele baseou seu discurso e posicionamento em questões de segurança e migração, as principais preocupações dos chilenos, segundo pesquisas.
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Jara, apesar de ter sido ministra do Trabalho do atual presidente, Gabriel Boric, procurou se distanciar do governo, que tem sofrido nas pesquisas de aprovação, ressaltando que deve ser julgada apenas por seu desempenho pessoal. “O que posso contar é o que fiz como ministra. Não só avancei na redução da jornada de trabalho para 40 horas, no aumento histórico do salário mínimo e na reforma previdenciária, como também na Lei Karin, em homenagem a Karin Salgado, que foi vítima de assédio no trabalho e acabou com sua vida”, declarou.
As pesquisas apontam para uma ampla vitória de Kast; depois de ficar em segundo lugar no primeiro turno com 23,9% dos votos, o direitista recebeu o apoio do libertário Johannes Kaiser e da ex-prefeita Evelyn Matthei, representante da direita tradicional, somando mais de 50% das intenções. Jeannette Jara, por sua vez, liderou o primeiro turno com 26,9% das preferências, mas tem pouco espaço para aumentar sua base eleitoral por já ter sido a candidata unificada da coalizão de centro-esquerda e esquerda.
Uma das grandes incógnitas deste segundo turno é qual será a porcentagem de votos em branco e nulos em uma votação que, pela primeira vez na história do Chile, é obrigatória para mais de 15 milhões de pessoas registradas no cadastro eleitoral. Outra das chaves será o destino de cerca de 20% dos eleitores que, no primeiro turno, optaram pelo populista Franco Parisi, que recomendou o voto em branco.
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