
A Bitget quer ser conhecida como mais do que uma corretora de criptomoedas. A exchange sediada nas Seychelles ofertará a negociação de tokens de ouro e ações para seus clientes, de olho em investidores que queiram negociar este tipo de ativo sem as limitações de horário do mercado tradicional.
Em entrevista ao Valor, Aguirre Franco, CMO global da Bitget, disse que a corretora chegou a um momento no qual não se vê mais como uma exchange de criptomoedas. A ideia agora é expandir a atuação para combinar ativos tradicionais àquilo que a empresa já oferece como corretora centralizada e carteira de autocustódia voltada à navegação no mundo descentralizado.
“Temos algumas coisas boas vindo. Queremos trazer mais ofertas. Somos um ecossistema com acesso a tudo o que as pessoas fazem, sem que precisem sair de um app para outro. Hoje isso é muito fácil em DeFi [finanças descentralizadas]”, afirma Franco.
O executivo diz que a empresa tem um time de compliance dedicado a tornar esse novo foco de negócios aderente à regulação dos países em que a exchange opera. Isso ao mesmo tempo em que a Bitget concorre com corretoras tais quais as americanas Kraken e Robinhood (que nasceu fora do mundo cripto) na oferta de ações tokenizadas.
Tokenizar uma ação nada mais é do que registrá-la em blockchain, de modo que os investidores podem negociá-la dentro da mesma tecnologia das criptomoedas 24/7 através de contratos inteligentes.
Apesar de enfrentar as duas gigantes dos Estados Unidos nesse mercado, Franco diz que a Bitget vê muito espaço para crescer por ser ainda um modelo de negócios muito novo. “A Robinhood, por exemplo, foi construída para as finanças tradicionais, não é uma empresa que nasceu com os trilhos de cripto. Vejo que há oportunidade para todos”, argumenta.
O desafio, ao entrar nesses mercados, é trazer o investidor de bolsa para operar com companhias tradicionalmente ligadas a cripto. Para isso, Franco avalia que a palavra de ordem é usabilidade.
“Usabilidade é o que vai trazer as pessoas para a plataforma. É por isso que fazemos operações de exchange descentralizada com exchange centralizada. No final do dia, quando se entra no mundo descentralizado a interface de usuário é difícil, não é fácil trazer novos usuários”, explica. Portanto, a ideia é tornar a experiência o mais simples possível para atrair clientes que não estão acostumados com criptoativos.
Franco diz ainda que o mercado da América Latina é muito importante para a Bitget, que acompanhou a publicação da regulamentação de ativos digitais pelo Banco Central brasileiro. “Quando a regulação está lá é porque tem interesse no mercado. Sabemos que compliance é o que nos dará longevidade”, defende.
De acordo com o executivo, a América Latina é interessante por ser uma região demograficamente mais jovem e mais interessada em tecnologia. “É o mercado perfeito para nós”, resume.
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