
O governo da Austrália anunciou uma revisão de suas leis relacionadas ao porte de armas após o atentado terrorista deste domingo (14) durante uma festividade judaica em Sydney, considerado o pior ato de violência em 30 anos no país.
Dois homens armados com fuzis, identificados pelas autoridades como pai e filho, abriram fogo contra uma multidão reunida na famosa praia de Bondi, uma das mais movimentadas e turísticas do país, onde acontecia uma celebração pelo início do Hanukkah. Ao menos 15 vitimas foram mortas.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, declarou após o atentado antissemita que não permitirá que o ódio ou à violência ganhem terreno no país. Para isso, seu governo prometeu leis de controle de armas mais rigorosas nesta segunda-feira (15).
A proposta envolve a criação de um registro nacional de armas para estabelecer um limite de armas permitidas para o cidadão australiano e uma duração dessas licenças. Segundo as autoridades locais, um dos atiradores possuía licença para porte de armas há dez anos e tinha pelo menos seis armas registradas.
O atentado em Bondi foi o tiroteio mais mortal na Austrália em quase três décadas, desde o massacre de Port Arthur em 1996, que marcou um ponto de virada na legislação sobre armas de fogo.
O atentado também marca o primeiro ato mortal contra a comunidade judaica no país, em meio a um aumento de antissemitismo no mundo desde os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Austrália se tornou um dos principais destinos para sobreviventes do Holocausto, acolhendo, em termos per capita, o segundo maior número de refugiados judeus, depois do recém-criado Estado de Israel, em 1948.
O local do atentado, o bairro Bondi, possui uma das maiores comunidades judaicas do país — representando 0,4% da população australiana — e uma forte presença de sinagogas, escolas, empresas e organizações comunitárias.
No domingo, a polícia australiana comunicou que o tiroteio foi um ataque terrorista direcionado contra a comunidade judaica. As vítimas fatais tinham idade entre 10 e 87 anos.
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