Um ataque israelense que teve como alvo líderes do Hamas, no Catar, na terça-feira (9), não mudará os termos do grupo terrorista palestino para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, disse uma autoridade na quinta-feira (11).
Israel tentou matar os líderes políticos do Hamas com um ataque aéreo em Doha, no que as autoridades americanas descreveram como uma escalada unilateral que não serviu aos interesses dos Estados Unidos.
Em um discurso televisionado, Fawzi Barhoum, autoridade do Hamas, disse que o ataque teve como alvo a delegação de negociação do grupo enquanto eles discutiam uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pelo primeiro-ministro do Catar um dia antes. “No momento do ataque terrorista, a delegação de negociação estava discutindo sua resposta à proposta”, disse ele.
O Catar tem sido anfitrião e mediador nas negociações que visam garantir um cessar-fogo na guerra de Gaza.
Barhoum reafirmou as principais exigências do Hamas: um cessar-fogo total, a retirada das forças israelenses de Gaza, uma troca real de prisioneiros por reféns, ajuda humanitária e reconstrução do enclave.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está pressionando por um acordo do tipo “tudo ou nada”, que permitiria a libertação de todos os reféns de uma só vez e a rendição do Hamas.
O Hamas disse que cinco de seus membros foram mortos no ataque, incluindo o filho do chefe exilado do grupo e principal negociador, Khalil al-Hayya.
O ataque a Doha atraiu a condenação de potências regionais, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, bem como a União Europeia, e corre o risco de inviabilizar os esforços apoiados pelos EUA para intermediar uma trégua e pôr fim ao conflito de quase dois anos.
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