Uma operação da 54ª Delegacia de Polícia (Belford Roxo) resultou na prisão de seis milicianos na tarde de segunda-feira (14), no Morro da Torre, em Queimados. O grupo, segundo a Polícia Civil, estaria vinculado à milícia que atua no bairro Xavantes, em Belford Roxo, sob o comando de Anderson da Silva Farias, conhecido como “Japonês”.
A ação foi realizada após monitoramento do setor de inteligência da unidade, que apontava uma reunião do grupo criminoso. Durante a abordagem, houve um breve confronto armado, sem feridos. Foram apreendidas cinco pistolas de uso restrito, carregadores, munições, veículos e celulares.
Entre os presos, estão três homens que teriam ocupado cargos comissionados na gestão do ex-prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil). Um deles, Valdeci Anjos do Nascimento, é apontado como ex-subsecretário de Ordem Urbana de Belford Roxo, cargo que ocupava até o fim de 2024.
Márcio Canella denuncia infiltração na antiga gestão
Em vídeo publicado nas redes sociais, o atual prefeito Márcio Canella (União Brasil) afirmou que havia uma “milícia institucionalizada” dentro da estrutura da antiga prefeitura, com membros nomeados que estariam atuando para extorquir camelôs, ferrantes e motoristas de transporte alternativo.
“As máscaras caíram. Esses homens estavam com crachá da prefeitura. O povo de Belford Roxo sabe quem estava ao lado do crime. Agora estão presos e responderão por tudo”, declarou Canella.
Além de Valdeci, os presos Carlos Cristiano Santos Barros e Vagner Silva do Nascimento também ocupavam funções comissionadas na antiga gestão, conforme dados da folha de pagamento e do Diário Oficial do Município.
Lista dos presos:
- José Alexandre Ferreira de Sena (Pará) – ex-PM
- Rennan Eduardo Anacleto Barbosa
- Wellington de Andrade Coelho
- Valdeci Anjos do Nascimento – ex-subsecretário
- Carlos Cristiano Santos Barros – ex-comissionado
- Vagner Silva do Nascimento – ex-comissionado
Desdobramentos e perícias
Todos os presos foram autuados por formação de milícia privada e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ou com numeração suprimida. Após os trâmites legais, foram encaminhados à SEAP e seguem à disposição da Justiça.
Os celulares apreendidos serão analisados com autorização judicial para rastrear conexões políticas, extorsões e movimentações financeiras da milícia. Já as armas passarão por confronto balístico no Instituto Carlos Éboli, a fim de apurar se foram utilizadas em homicídios na Baixada.
A Polícia Civil também deve ouvir testemunhas da comunidade do Xavantes e estuda novos mandados contra integrantes que não compareceram à reunião.
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