
A Rússia ofereceu “toda sua cooperação” e apoio à Venezuela contra o bloqueio de navios por parte dos Estados Unidos, segundo afirmou nesta segunda-feira (22) o chanceler venezuelano, Yván Gil, em um contexto no qual o governo de Donald Trump mantém um destacamento militar nas águas do Mar do Caribe e já confiscou dois petroleiros.
Em seu canal no Telegram, Gil indicou que conversou por telefone com seu homólogo russo, Sergey Lavrov, com quem revisou o que denominou como “agressões” e “violações” ao direito internacional, referindo-se aos ataques contra embarcações supostamente vinculadas ao narcotráfico – os quais qualificou como “execuções extrajudiciais” no Caribe – e aos “atos ilícitos de pirataria” dos Estados Unidos.
“Lavrov expressou de maneira firme a solidariedade da Rússia com o povo da Venezuela e com o presidente [ditador] Nicolás Maduro Moros, e ratificou seu pleno respaldo diante das hostilidades contra nosso país”, declarou o chanceler venezuelano, que antecipou que a Rússia manifestará seu “total apoio” à Venezuela na reunião da próxima terça-feira do Conselho de Segurança da ONU.
No último sábado, Gil afirmou também ter recebido do Irã uma oferta de cooperação “em todos os âmbitos” para enfrentar “a pirataria e o terrorismo internacional” dos Estados Unidos.
No Telegram, o ministro venezuelano disse ter recebido uma ligação de seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, durante a qual analisaram “os recentes acontecimentos no Caribe, especialmente as ameaças, atos de pirataria dos Estados Unidos e o roubo de navios carregados com petróleo venezuelano”.
Neste domingo, os Estados Unidos realizavam uma operação para interceptar um terceiro petroleiro no Mar do Caribe, perto da costa da Venezuela, segundo a imprensa americana, um dia após a apreensão de um navio de bandeira panamenha que, de acordo com Washington, traficava petróleo sancionado dentro da “frota fantasma” venezuelana.
Este é o segundo navio-tanque que Washington tentou interceptar neste fim de semana sob as ordens de Trump e o terceiro após o recrudescimento dos esforços dos Estados Unidos para cortar o fluxo de petróleo da Venezuela, dentro da crescente pressão exercida pela Casa Branca sobre o regime de Nicolás Maduro.
No último dia 10, os Estados Unidos apreenderam o navio sancionado Skipper e confiscaram o petróleo venezuelano que transportava.
Dias depois, Trump ordenou um bloqueio total à entrada e saída do país de navios petroleiros sancionados pelo governo americano, como parte da pressão sobre Maduro, a quem Washington acusa de liderar uma rede de tráfico de drogas.
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