
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que o governo dos Estados Unidos designou o Clã do Golfo, considerada a maior facção criminosa da Colômbia, como uma organização terrorista estrangeira.
“Hoje, o Departamento de Estado designa o Clã do Golfo como Organização Terrorista Estrangeira (FTO) e como Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT)”, declarou Rubio em comunicado nesta terça-feira (16).
Segundo o chefe da diplomacia americana, a “organização criminosa violenta e poderosa, com milhares de membros”, tem como principal fonte de renda o narcotráfico de cocaína, que utiliza para financiar suas atividades violentas.
O Clã do Golfo é “responsável por ataques terroristas contra funcionários públicos, agentes da lei, pessoal militar e civis na Colômbia”, afirmou Rubio sobre o grupo ilegal, que atualmente negocia um acordo de paz com o governo do presidente colombiano, Gustavo Petro, de esquerda.
“Os EUA continuarão utilizando todas as ferramentas disponíveis para proteger nossa nação e deter as campanhas de violência e terror perpetradas por cartéis internacionais e organizações criminosas transnacionais. Estamos comprometidos em negar financiamento e recursos a esses terroristas”, finalizou Rubio no comunicado.
A nova designação coincide com um momento tenso nas relações entre EUA e Colômbia, após o amplo destacamento militar americano no Caribe como parte da campanha antidrogas do presidente Donald Trump – expandida também ao Pacífico Oriental – e os crescentes atritos entre Petro e o líder da Casa Branca.
O Clã do Golfo, também conhecido como Exército Gaitanista da Colômbia (EGC) e considerado herdeiro das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), é o maior grupo criminoso do país com cerca de 9.000 integrantes. Seus membros dedicam-se, sobretudo, ao narcotráfico, à mineração ilegal e ao tráfico de migrantes.
Bogotá e o Clã do Golfo iniciaram em meados do mês de setembro, em Doha (Catar), um processo de diálogos de paz, com o acompanhamento de Catar, Espanha, Noruega e Suíça como países mediadores.
A primeira rodada terminou com um pacto que contempla uma etapa inicial de “construção de confiança” e, após a segunda, ambas as partes anunciaram em 5 de dezembro a criação de três zonas especiais no norte e oeste colombianos para abrigar temporariamente, a partir de março, milicianos da organização.
Desde o retorno de Donald Trump ao poder, em janeiro, Washington designou como terroristas os seis principais cartéis mexicanos: o Cartel de Sinaloa, o Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), o Cartel do Nordeste, o Cartel do Golfo, Cartéis Unidos e a Nova Família Mexicana.
O mesmo foi feito com as gangues transnacionais Trem de Aragua, Mara Salvatrucha (MS-13) e sua rival Barrio 18, além das equatorianas Los Lobos e Los Choneros e o Cartel de los Soles, que, segundo a administração Trump, seria liderado pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro.
A designação como entidade terrorista tem efeitos legais muito amplos nos EUA, que vão desde o congelamento de fundos até o processamento criminal por apoio direto ou indireto a essas organizações.
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