Reforma tributária pode elevar margem da Tenda em 4 pontos, avalia diretoria financeira | Empresas

Para a marca Tenda, do segmento de apartamentos, o ganho vem do redutor de valor social, que desconta R$ 100 mil na base de cálculo do imposto por unidade habitacional. Para a Alea, há mais créditos tributários por se tratar de uma operação fabril.

Garcia afirmou, ainda, que a incorporadora espera uma geração de caixa mais forte para o segundo semestre de 2026 e para 2027. A companhia divulgou “guidance” para 2026 nesta manhã, mas apenas com a projeção de geração de caixa operacional para a Alea — um consumo de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões.

A empresa vê um potencial de valorização de sua ação com a chegada de mais investidores estrangeiros, o que está tentando atrair. Garcia destacou que a empresa tem apenas 22% de investidores estrangeiros, ante 57% nas concorrentes Direcional e Cury.

“Temos espaço muito grande para ampliar nossa base de investidores estrangeiros”, disse ele, ressaltando que há um “esforço” para “ficar mais ativos no mercado”. Até esta manhã, a ação da Tenda se valorizava 99,27% no ano, a R$ 24,73.

O presidente da Tenda, Rodrigo Osmo, afirmou que a companhia foi “muito afoita” em relação à Alea, ao buscar expansão geográfica de atuação em sete “manchas” (grupos de cidades), o que não conseguiu executar. Por isso, a empresa voltou atrás e reduziu essa área de atuação para três manchas.

Ainda de acordo com ele, a empresa “insiste na Alea” porque acredita em seu valor potencial, ainda que seja difícil ver isso em momento no qual ela está “atrapalhando o resultado no consolidado”. Ganhos com a reforma tributária, escassez de mão de obra e uma preferência dos brasileiros por casas foram apontadas por Osmo como vantagens para a Alea, no futuro.