
O deputado Arthur Lira (PP-AL) ficou irritado após a Câmara aprovar a suspensão do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) em vez da cassação. Após a derrota, Lira afirmou que a Câmara “está uma esculhambação” e alfinetou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que rebateu.
O portal g1 revelou nesta quinta-feira (11) que o desabafo de Lira ocorreu no grupo de WhatsApp da bancada do PP. “Tem que reorganizar a Casa. Está uma esculhambação”, escreveu. Motta foi alvo de críticas pela reação ao protesto de Glauber na quarta-feira (10).
A Polícia Legislativa retirou o deputado do PSOL à força da Mesa Diretora, retirou a imprensa do plenário e empurrou jornalistas. Além disso, o sinal de transmissão da TV Câmara foi cortado durante a confusão.
- Moraes enfrenta Câmara e determina perda imediata do mandato de Carla Zambelli
“PSOL representou contra o presidente Hugo na PGR”, disse Lira em referência à ação protocolada pelo partido contra Motta na Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao apresentar sua defesa no plenário, Glauber acusou Lira de ter articulado sua cassação.
“Quem deu força a essa representação foi o ex-presidente da Câmara, mas eu espero que ele — do ponto de vista político — seja responsabilizado por aquilo que faz comigo hoje, mas também por aquilo que faz contra o Brasil”, afirmou.
O processo teve início em abril de 2024, após Glauber agredir o membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro. O então presidente da Câmara encaminhou o pedido apresentado pelo Novo ao Conselho de Ética.
No mesmo ano, o deputado do PSOL chamou Lira de “bandido” e o acusou de “roubar” o orçamento público. Para Lira, Motta foi “humilhado por Glauber”. Segundo a reportagem do portal g1, ele também reclamou da votação que poupou o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).
O deputado do PP apontou que o caso não deveria ter sido votado depois da confusão, pois a Mesa Diretora eventualmente iria decretar a cassação por faltas. Ex-presidente da Câmara, Lira foi o fiador político da eleição do parlamentar paraibano para o comando da Casa.
Em resposta, Motta disse à GloboNews que a presidência da Casa “não se move por conveniências individuais, nem deve servir como ferramenta de revanchismo”. Zambelli está presa na Itália desde julho e aguarda a decisão sobre o pedido de extradição do governo brasileiro.
O Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado que a Mesa Diretora deveria declarar a perda do mandato “de ofício”. Motta contrariou a ordem judicial, manteve a análise no plenário e sofreu um revés após o ministro Alexandre de Moraes determinar a cassação imediata da deputada.
A ordem veio menos de 24 horas depois arquivamento do caso pela Câmara. O ministro exigiu ainda que o presidente da Casa dê posse ao suplente de Zambelli em 48 horas.
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