O número de mortos no incêndio de grandes proporções que atingiu vários prédios residenciais no distrito de Tai Po, em Hong Kong, subiu para 44.
Além das vítimas fatais, mais de 200 pessoas estão desaparecidas e mais de 40 precisaram ser hospitalizadas, estando várias delas em estado grave. O incêndio começou a ser controlado nesta tarde, segundo disse o chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, nesta quarta-feira (26).
A causa do incêndio, que já dura horas, ainda está sendo investigada. A tragédia ocorreu no complexo habitacional Wang Fuk Court, composto por oito torres e mais de dois mil apartamentos. A imprensa local estimou que mais de quatro mil pessoas moravam no local.
Com o ocorrido, mais de 700 pessoas foram transferidas para centros comunitários montados como abrigos temporários, segundo o governo de Hong Kong.
As autoridades sinalizaram que as altas temperaturas dentro dos edifícios, além da queda de andaimes e destroços, estão dificultando o trabalho das equipes de resgate.
Um alto funcionário da polícia de Tai Po confirmou à imprensa local que, como os incêndios não estão sob controle em nenhum dos prédios, é impossível realizar buscas andar por andar para confirmar se todos os apartamentos foram evacuados, portanto, o número de pessoas presas é desconhecido.
O incêndio teve início em um andaime externo de vários andares, mas foi inicialmente controlado. No entanto, as chamas se espalharam rapidamente e a situação se agravou.
O Wang Fuk Court, complexo onde ocorreu o incêndio, está passando por um projeto de renovação de US$ 42 milhões, uma proposta que gerou descontentamento entre muitos moradores no ano passado.
Incidentes como este ressaltam as preocupações recorrentes sobre a segurança dos andaimes de bambu, comuns em Hong Kong devido à sua leveza e baixo custo. Esse tipo de andaime é frequentemente associado a obras de reforma, materiais inflamáveis ou fontes externas de ignição, em um contexto de alta densidade urbana e clima propenso à seca.
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