Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, especialmente no período de festas de fim de ano, as ruas e lojas de camelôs são palco para a comercialização de brinquedos que têm gerado controvérsias: as gel blasters, arminhas de brinquedo que disparam munição de gel. Embora pareçam inofensivas, essas réplicas de armas estão preocupando autoridades e moradores devido aos riscos à segurança pública e ao incentivo de comportamentos violentos.
Nesta segunda-feira (16), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou uma emenda que amplia a legislação estadual para proibir a fabricação, venda, comercialização, transporte e distribuição de brinquedos e réplicas de armas de fogo, incluindo as gel blasters. A iniciativa foi proposta pela deputada Tia Ju como complemento ao projeto de lei da deputada Marta Rocha, originalmente apresentado em 1995.
Marta Rocha, que recentemente assumiu o cargo de secretária de Assistência Social do município do Rio, destacou os riscos associados a esses brinquedos. “Estamos observando uma moda que incentiva o uso de armas e promove comportamentos violentos. A segurança pública precisa estar atenta a essas questões”, afirmou Marta. Ela ressaltou que o uso de gel blasters pode influenciar negativamente os jovens, tornando-se um estímulo para ações violentas.
A preocupação é agravada pelo contexto de violência urbana no estado. De acordo com a justificativa apresentada por Tia Ju, a popularização dessas arminhas tem levado jovens a pintá-las de maneira que se assemelhem a armas reais, simulando conflitos em locais públicos e aumentando o risco de confusões perigosas. “Esses ‘brinquedos’ têm sido usados em confrontos simulados que podem ser facilmente confundidos com situações reais, colocando tanto os jovens quanto a população em perigo”, alertou a deputada.
A emenda agora aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj. Vale lembrar que o Instituto Nacional de Metrologia já havia esclarecido, em 2021, que produtos como as gel blasters não devem ser classificados como brinquedos devido ao risco de serem confundidos com armas reais, agravando o perigo em situações de tensão.
A proibição é mais um passo no esforço do estado em reduzir os estímulos à violência e melhorar a segurança pública.
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