
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresente defesa em até 15 dias contra a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta coação à Justiça no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O edital de notificação foi publicado nesta terça-feira (30) no Diário de Justiça Eletrônico (DJe).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde meados do primeiro semestre e é acusado pela PGR de articular sanções ao Brasil por causa do julgamento do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado por supostamente liderar a alegada tentativa de golpe.
“Além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos”, escreveu Moraes na decisão (veja na íntegra).
PRTB nega filiação de Eduardo Bolsonaro para concorrer à presidência em 2026
Com a publicação da notificação em edital, Eduardo deve manifestar a defesa dentro do prazo estabelecido. Caso não se pronuncie, o parlamentar poderá ser julgado à revelia pela Corte. Moraes ordenou a notificação diante das tentativas fracassadas de intimação pessoal.
“Não resta dúvidas de que o denunciado, mesmo mantendo seu domicílio em território nacional, está criando dificuldades para ser notificado, possibilitando sua citação por edital”, seguiu o ministro.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Eduardo Bolsonaro é acusado de fomentar medidas do governo de Donald Trump contra o Brasil, como sanções comerciais, aplicação da Lei Magnitsky e suspensão de vistos de ministros do STF e de membros do Executivo. Segundo Moraes, o próprio deputado admitiu em redes sociais ter atuado nos Estados Unidos em favor das medidas.
Além de Eduardo, o jornalista Paulo Figueiredo também é alvo do mesmo inquérito e será notificado por carta rogatória via cooperação internacional. Ele terá o mesmo prazo de 15 dias para apresentar defesa.
Gonet afirmou, ainda, que Eduardo e Figueiredo ajudaram a promover “graves sanções” contra o Brasil, com o objetivo de pressionar o Supremo e impedir a condenação de Bolsonaro no processo.
📢 Belford Roxo 24h – Aqui a informação nunca para
📞 WhatsApp da Redação: (21) 97915-5787
🔗 Canal no WhatsApp: Entrar no canal
🌐 Mais notícias: belfordroxo24h.com