
Em discurso nesta segunda-feira (29) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o vice-ministro das Relações Exteriores da ditadura da Coreia do Norte, Kim Son Gyong, disse que o regime comunista “nunca” abrirá mão de ter armas nucleares.
No seu pronunciamento, o vice-chanceler norte-coreano disse que atualmente “as normas e a ordem internacionais estabelecidas e consolidadas com a fundação da ONU são desrespeitadas e a soberania dos Estados é violada abertamente como nunca antes”.
Em seguida, Kim alfinetou os Estados Unidos. “A guerra tarifária indiscriminada contra o mundo inteiro mergulhou a economia mundial no pântano da estagnação e da instabilidade”, afirmou, em referência às taxas impostas pela gestão Donald Trump a outros países.
“Até mesmo a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, comprometida com a eliminação da desigualdade e da pobreza e com a garantia da dignidade humana em todo o mundo, é negada por não atender aos interesses de um único país. Esta é a dura realidade”, acrescentou.
Kim entrou no tema nuclear ao afirmar que “a atual situação objetiva de segurança da Península Coreana enfrenta sérios desafios como nunca antes”.
“As alianças militares EUA-Coreia do Sul, EUA-Japão e o sistema de cooperação militar trilateral EUA-Japão-Coreia do Sul, visando diretamente a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do regime comunista norte-coreano], evoluem rapidamente para um bloco militar mais ofensivo e agressivo, com elementos nucleares nele contidos. Enquanto isso, os exercícios de guerra e o reforço militar contra o nosso Estado estão quebrando todos os recordes anteriores em termos de escala, natureza, frequência e escopo”, afirmou, alegando que os testes de armas e as provocações militares da Coreia do Norte visam apenas manter um “equilíbrio de poder” na Península Coreana.
“Jamais abriremos mão da [opção] nuclear, que é nossa lei de Estado, política nacional e poder soberano, bem como o direito à existência. Em nenhuma circunstância abandonaremos esta posição”, disse Kim.
Segundo a coalizão de ONGs Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican, na sigla em inglês), a Coreia do Norte hoje tem 50 ogivas nucleares.
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