O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou, nesta segunda-feira, que a agência de estatísticas do país suspenderá a divulgação de dados econômicos — incluindo o relatório de emprego de setembro — em caso de paralisação do governo.
Quatro líderes do Congresso dos Estados Unidos devem se reunir com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca nesta segunda-feira, um dia antes da proposta de orçamento do governo perder validade caso não haja negociações de um projeto de lei orçamentária para o curto prazo.
Essa vai ser a primeira vez que Trump e os líderes do Parlamento vão discutir o assunto antes do prazo final para evitar a paralisação do governo. O líder dos democratas no Senado Chuck Schumer e seu colega na Câmara, Hakeem Jeffries, devem se reunir na Casa Branca, juntamente com os líderes republicanos do Senado, incluindo o líder da maioria John Thune.
A proposta de orçamento só garante os gastos do governo até meados de novembro e precisa ser aprovada antes de 1º de outubro. Os democratas insistem que o projeto precisa incluir extensão dos subsídios à saúde e a restauração dos cortes orçamentários para o setor implementados por Trump neste ano.
Os republicanos garantem que podem negociar esses pontos depois que a paralisação for evitada. Eles precisam do apoio de pelo menos sete democratas para aprovar a proposta no Senado, que já passou na Câmara. Trump ameaçou promover demissões em massa de empregados federais se o governo for paralisado por falta de orçamento.
Schumer minimizou a ameaça de demissões em massa, uma vez que o governo Trump faria isso mesmo sem a paralisação. Ele pontuou que parte das demissões em massa do início do ano foram invalidadas por tribunais, quando não foram revogadas pelo próprio governo.
O senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, expressou preocupação com a possibilidade de seu partido concordar em passar o orçamento e, depois, os republicanos não cumprirem o acordo de negociar os cortes na saúde.
Schumer e Jeffries disseram, em nota conjunta, divulgada no sábado, que os democratas querem evitar uma paralisação. “Como já dissemos várias vezes, os democratas vão se reunir a qualquer momento e com qualquer pessoa para negociar um acordo bipartidário que garanta as necessidades do povo americano”, disseram. “Estamos determinados a evitar uma paralisação do governo e resolver a crise de saúde dos republicanos. O tempo está acabando”.
Já a Casa Branca disse que os democratas precisam abrir mão de suas demandas para renovar os subsídios à saúde e para impedir os cortes no Medicaid antes de sentar para uma negociação. A possibilidade de paralisação é considerada provável.
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