
Análise preliminar feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) concluiu que a decisão do governo dos Estados Unidos de zerar as chamadas “tarifas recíprocas” de 10% de alguns produtos brasileiros se aplica a 11% do total exportado para o país.
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Segundo a confederação, a porcentagem representa 80 itens exportados aos EUA, o que, em 2024, totalizou US$ 4,6 bilhões. Entre os produtos isentos de todas as tarifas adicionais estão três tipos de suco de laranja e a castanha-do-Pará. Os outros 76, que incluem carne bovina e café não torrado ainda enfrentarão as “tarifas punitivas” de 40%.
Na sexta-feira (14), o governo de Donald Trump anunciou uma lista com 238 produtos agrícolas que serão isentos das tarifas recíprocas impostas em abril. O anúncio incluiu produtos como carne bovina e café, que são importantes na pauta de exportação do Brasil, além de frutas e castanhas.
Na ocasião, Trump divulgou que taxaria em 10% as exportações do Brasil aos EUA, além de alíquotas específicas sobre outros vários países. No entanto, a taxação ao Brasil subiu para 50% com a aplicação de uma “tarifa punitiva” de 40% sobre os produtos brasileiros. A alíquota extra foi relacionada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por orquestrar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições presidenciais de 2022.
Em sua análise, a CNI ressaltou a urgência de retirar a taxa extra de 40%, para que o país não fique em desvantagem em relação às demais nações.
“Países que não enfrentam essa sobretaxa terão mais vantagens que o Brasil para vender aos americanos. É muito importante negociar o quanto antes um acordo para que o produto brasileiro volte a competir em condições melhores no principal destino das exportações industriais brasileiras”, afirma o presidente Ricardo Alban em nota divulgada pela confederação.
Os governos dos EUA e do Brasil iniciaram conversas para rever as tarifas anunciadas em julho por Donald Trump. Na sexta-feira (14), ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, encontraram-se no Canadá. Após a reunião, Vieira disse que Rubio acenou com a possibilidade de um acordo provisório entre os dois países, que poderia ser fechado até o fim de novembro ou o início de dezembro. No entanto, o chanceler brasileiro não deu detalhes sobre que medidas seriam incluídas nesse pacto temporário.
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