
Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira (14) que seu plano para o futuro da Faixa de Gaza abre caminho para a criação de um Estado palestino.
A gestão Donald Trump fez o anúncio em um comunicado conjunto da sua missão na ONU junto dos governos do Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Indonésia, Paquistão, Jordânia e Turquia, no qual expressaram apoio a uma proposta de resolução apresentada por Washington ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para as próximas fases do plano de paz em Gaza.
“O histórico Plano Abrangente para o Fim do Conflito em Gaza, anunciado em 29 de setembro, é endossado pela resolução e foi celebrado e aprovado em Sharm el-Sheikh [no Egito]”, disse o comunicado.
“Emitimos esta declaração como Estados-membros que se reuniram durante a semana de alto nível [em setembro] para iniciar este processo, que oferece um caminho para a autodeterminação e a criação de um Estado palestino. Ressaltamos que este é um esforço sincero e que o plano oferece um caminho viável para a paz e a estabilidade, não apenas entre israelenses e palestinos, mas para toda a região”, acrescentaram os países, que pediram a “rápida” aprovação da resolução.
A proposta apresentada pelo governo Trump ao Conselho de Segurança da ONU tem entre seus pontos a formação de um Conselho Internacional de Paz, que supervisionará a administração e reconstrução de Gaza, e a criação de uma Força Internacional de Estabilização, que atuará ao lado de Israel e Egito para garantir a segurança no enclave por um período inicial de dois anos.
Em setembro, antes que Israel e o grupo terrorista Hamas aprovassem no mês seguinte um cessar-fogo (primeira fase do plano de paz de Trump), os Estados Unidos haviam criticado os países do Ocidente que reconheceram um Estado palestino (entre eles, Reino Unido e França), alegando que a medida era uma “recompensa” ao terrorismo após os atentados de 7 de outubro de 2023 que desencadearam a guerra em Gaza.
Além disso, integrantes da coalizão do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, se opõem à criação do Estado palestino.
O próprio primeiro-ministro afirmou em setembro que vai “cumprir a promessa de que não haverá um Estado palestino”, ao assinar um acordo que deu prosseguimento ao plano de construção de 3,4 mil novas unidades habitacionais no assentamento judaico de Ma’aleh Adumim, projeto que impedirá o acesso a Jerusalém Oriental a partir da Cisjordânia e dificultará o estabelecimento de um Estado palestino contíguo.
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