
Em teleconferência com acionistas e investidores, o CEO da Ipiranga, Leonardo Linden, afirmou que a Operação Carbono Oculto, deflagrada pelo governo federal contra fraudes tributárias no setor de combustíveis, já produz efeitos concretos sobre o desempenho da empresa. Segundo ele, a iniciativa tem sido “um movimento muito positivo”, tanto para as companhias do setor quanto para consumidores e o país, mas ainda está longe de resolver completamente o problema.
“A operação Carbono Oculto, obviamente, tem sido um movimento muito positivo para o setor. Contribui com o Brasil, contribui com o consumidor, contribui para quem investe nesse setor. Mas acho que a gente precisa ter a clareza de que não acabou. As investigações precisam seguir”, afirmou Linden, nesta quinta-feira (13).
O executivo reforçou que a ofensiva do governo precisa ser acompanhada por mudanças estruturais na legislação a fim de impedir o retorno de práticas irregulares, especialmente a sonegação no comércio de combustíveis.
Ele destacou dois projetos em tramitação na Câmara: o que trata do “devedor contumaz”, voltado a punir empresas que usam sistematicamente a inadimplência como modelo de negócio para ganhar vantagem competitiva; e o da “monofasia da nafta”, que busca reorganizar a cobrança de impostos para coibir brechas tributárias no setor petroquímico. “São projetos que atacam a raiz do problema e precisam avançar no seu processo de transformação em lei”, disse.
De acordo com o CEO, o impacto da Carbono Oculto no mercado já se reflete diretamente em duas frentes: volume e margem. O aumento das fiscalizações e a redução da concorrência desleal têm trazido de volta parte do movimento perdido pela rede nos últimos anos.
“Obviamente, na esteira da Carbono Oculto, você tem dois impactos, volume e margem, diretamente. O volume vem mais forte e segue, sim, com uma tendência de alta”, afirmou.
O crescimento do volume vendido, segundo ele, é a principal notícia positiva para o negócio, porque devolve à companhia e ao setor a escala perdida ao longo de anos de competição com operações irregulares. “Então, o volume tem sido uma notícia positiva e ele é importante para a recuperação de escala desse negócio, uma escala perdida ao longo de bastante tempo nessa briga contra as irregularidades do setor.”
Apesar da melhora, o executivo ponderou que a recomposição das margens ainda é mais gradual, especialmente em segmentos mais sensíveis à competição, como o transporte rodoviário e o mercado corporativo (B2B).
Para o CEO, embora o ambiente regulatório tenha melhorado, o setor de combustíveis ainda exige vigilância constante das autoridades para evitar retrocessos. “Ainda tem bastante coisa a acontecer, embora seja óbvio que já tenha tido uma melhora importante. Para a Ipiranga, é importante recuperar a escala. São vários anos de perda de volume para a atividade irregular.”
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