
Antes do incêndio desta quinta-feira (20) em um dos pavilhões da cúpula climática da ONU (COP 30), em Belém, que forçou a evacuação do local, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, havia alertado em carta o governo Lula sobre os riscos “devido à exposição elétrica” no local do evento.
O documento foi enviado ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, e a Rui Costa, ministro da Casa Civil, no dia 12 deste mês.
Além de pedir aumento da segurança no local, após um protesto no dia 11 em que cerca de 150 manifestantes invadiram a cúpula, e reclamar das “más condições dos escritórios disponibilizados” às delegações, Stiell relatou falta de ar condicionado e problemas de inundações em pavilhões.
“A Secretaria recebeu diversos relatos de temperaturas extremamente altas em várias áreas do local, incluindo salas de reunião, escritórios, pavilhões e espaços de trabalho. Em muitos locais, os sistemas de ar condicionado estão inoperantes ou ainda não foram instalados”, disse o secretário.
Stiell relatou também que “durante os recentes episódios de fortes chuvas, diversas áreas do local [da cúpula] sofreram inundações significativas”.
“A água entrou pelo teto e pelas luminárias, causando não apenas transtornos, mas também potenciais riscos à segurança devido à exposição elétrica. Dada a frequência das chuvas em Belém, reparos urgentes e medidas de impermeabilização são necessários para evitar maiores danos e garantir que todas as áreas afetadas permaneçam seguras e operacionais”, pediu o secretário.
No dia seguinte ao envio da carta, a Casa Civil respondeu que “todas as solicitações da ONU têm sido atendidas” e que houve “instalação de novos aparelhos de ar condicionado nas tendas” e envio de “unidades adicionais do modelo sprint nas salas com falhas de climatização”, segundo informações do g1.
A pasta alegou que “não houve alagamento do local do evento, e sim ocorrências localizadas, como goteiras”, e que os vazamentos foram causados “por rompimento de calhas”, que já teriam sido “prontamente reparados, com substituição e vedação das estruturas”.
As causas do incêndio estão sendo investigadas. O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse a jornalistas nesta quinta-feira que “um possível celular que pegou fogo numa tomada não vai macular essa COP” e que o incêndio “poderia acontecer em qualquer lugar do planeta”.
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