
Quase 30 anos depois de o então presidente francês Jacques Chirac ter abolido o serviço militar obrigatório na França, o atual presidente Emmanuel Macron está considerando reinstaurá-lo, ainda que em regime voluntário, para reforçar as defesas do país contra a crescente ameaça russa, segundo diversos veículos da imprensa local.
Macron tem agendada uma visita a um regimento perto de Grenoble, no sopé dos Alpes, nesta quinta-feira, onde especula-se que ele possa anunciar oficialmente a criação desse novo serviço voluntário.
Fontes do governo disseram a vários veículos de imprensa que a ideia de Macron é ter uma força suplementar para o Exército em caso de conflito.
A ministra da Defesa, Alice Rufo, reconheceu neste domingo (23), à rádio France Info, que estão sendo feitos trabalhos para criar tal serviço, embora tenha ressaltado que nenhuma decisão concreta foi tomada ainda.
Macron vem alertando há meses sobre a necessidade de a França fortalecer suas forças armadas diante da crescente ameaça externa, que ele atribui à Rússia.
O último alerta a este respeito foi emitido neste fim de semana durante a cúpula do G20 na África do Sul, onde ele afirmou que “a França deve permanecer uma nação forte com um exército forte, mas também com capacidade de ação coletiva”.
Essas palavras fizeram parte da firme defesa que ele fez de seu Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Fabien Mandon, que alguns dias antes havia afirmado que, diante da crescente ameaça internacional, o país deveria estar preparado para “aceitar a perda de seus filhos”. Essas palavras geraram considerável controvérsia no país, mas indicam a existência de um programa para restabelecer o serviço militar obrigatório, abolido por Chirac em 1997.
Segundo diversos veículos de comunicação, a medida teria como alvo inicial entre 10 mil e 50 mil jovens, com previsão para 2030. Até lá, o plano militar francês prevê aumentar o número de soldados da ativa e reservistas dos atuais 200 mil para 210 mil, com 80 mil reservistas.
A medida conta com o apoio de partidos de direita, enquanto a esquerda se mostra mais hesitante.
O porta-voz do Partido Socialista no Senado, Patrick Kenner, adotou uma postura cautelosa, defendendo um exército profissional, mas sem descartar a possibilidade de recrutamento voluntário. Fontes indicam que, além de aumentar a força militar do país, a introdução do serviço militar também beneficiaria a coesão nacional.
📢 Belford Roxo 24h – Aqui a informação nunca para
📞 WhatsApp da Redação: (21) 97915-5787
🔗 Canal no WhatsApp: Entrar no canal
🌐 Mais notícias: belfordroxo24h.com



