
⚖️ Decisão de Alexandre de Moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão imediata do inquérito aberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que investigava pessoas — entre elas familiares de vítimas — envolvidas na remoção de corpos após a operação nos complexos da Penha e do Alemão, na capital fluminense.
A decisão foi tomada após denúncia de que moradores e familiares estariam sendo investigados por suposta fraude processual, sob a justificativa de terem alterado a cena do crime ao retirar corpos do local antes da chegada dos rabecões e peritos.
🔍 O que determinou o ministro
Alexandre de Moraes ordenou que a Polícia Civil interrompesse imediatamente o inquérito e que o delegado responsável pela 22ª Delegacia de Polícia (Penha) apresente explicações em até 48 horas sobre os motivos da abertura do procedimento.
O ministro também determinou que todas as imagens de câmeras corporais de agentes que participaram da operação sejam preservadas e enviadas ao Supremo, junto com os laudos periciais dos corpos e do local dos confrontos.
🧠 Contexto da operação
A investigação surgiu após uma megaoperação da polícia nas comunidades da Penha e do Alemão, que resultou em várias mortes e corpos encontrados em áreas de mata.
Moradores, em desespero, ajudaram a retirar os corpos, relatando demora nas perícias e ausência de socorro.
A ação policial foi uma das mais letais do ano e gerou grande repercussão nacional, com denúncias de abusos e de falta de transparência na apuração.
🗣️ O que diz a Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o inquérito “não se trata de perseguição a familiares das vítimas”, mas sim de uma investigação sobre ordens supostamente dadas por traficantes para retirar os corpos e, assim, impedir a identificação de criminosos mortos durante o confronto.
Segundo a corporação, o objetivo seria apurar se houve ocultação de provas ou interferência na cena do crime.
⚖️ Entenda o que está em jogo
A decisão de Moraes reacende o debate sobre os limites da atuação policial em operações em áreas de vulnerabilidade social e a proteção dos direitos das famílias das vítimas.
Ao suspender o inquérito, o ministro reforça que nenhuma investigação pode ultrapassar o devido processo legal, nem penalizar cidadãos em luto que agiram por desespero diante da omissão do Estado.
🕵️♂️ Próximos passos
O STF aguarda as explicações do delegado e deve analisar se o inquérito será arquivado ou transferido para outro órgão.
Enquanto isso, entidades de direitos humanos cobram transparência e acesso às imagens das câmeras corporais, que podem esclarecer o que de fato ocorreu na operação.
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