
Sete presos apontados como lideranças da facção criminosa Comando Vermelho foram transferidos, nesta quarta-feira (12), do Rio de Janeiro para presídios federais de segurança máxima.
Os detentos estavam na Penitenciária Laércio da Costa Peregrino, conhecida como Bangu 1, e, segundo o governo do Estado do Rio, foram responsáveis por dar a ordem de paralisar a região metropolitana fluminense após a operação que deixou 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão, no final de outubro.
Os presos são: Arnaldo da Silva Dias, conhecido como “Naldinho”; Carlos Vinícius Lírio da Silva, o “Cabeça de Sabão”; Eliezer Miranda Joaquim, o “Criam”; Fabrício de Melo de Jesus, o “Bicinho”; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o “My Thor”; Alexander de Jesus Carlos, “Choque”; e Roberto de Souza Brito, “Irmão Metralha”.
Os sete foram para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Essa é a mesma unidade em que está preso Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, apontado como um dos principais chefes do CV.
De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça, os presos na prisão federal não terão contato entre si.
“Nas penitenciárias federais, cada preso ocupa cela individual e não tem contato com outros custodiados, permanecendo 22 horas por dia em regime de isolamento e duas horas de banho de sol, sob monitoramento permanente de policiais penais federais e sistemas de vigilância eletrônica”, disse a Pasta, em nota.
Ainda segundo a secretaria, com a transferência dos sete detentos, o Rio passa a ser o Estado com o maior número de presos sob custódia federal: são 66 custodiados fluminenses de alta periculosidade.
O governo do Rio havia pedido a transferência de dez presos. A Vara de Execuções Penais (VEP) do Estado, porém, não autorizou a mudança de Wagner Teixeira Carlos, Leonardo Farinazzo Pampuri e Riam Maurício Tavares Mota.
Em relação aos dois primeiros, a Justiça deu um prazo de cinco dias para que a Polícia Civil encaminhe mais informações para fundamentar a transferência deles. E, sobre Mota, que é cabo da Marinha, a VEP afirmou que o detento ainda aguarda julgamento e, por isso, não pôde autorizar a mudança do sistema penitenciário. O militar é acusado de operar drones para o Comando Vermelho. De acordo com a Justiça, os três vão continuar presos em presídio de segurança máxima do Estado até terem a transferência autorizada.
Juntos, os sete presos transferidos hoje somam mais de 428 anos de condenação. Eles, porém, já cumpriram parte da pena. Veja lista abaixo:
- Arnaldo da Silva Dias, “Naldinho”: Condenado a 81 anos, 4 meses e 20 dias. Já cumpriu 15 anos, 8 meses e 22 dias;
- Carlos Vinicius Lírio da Silva, “Cabeça de Sabão”: Condenado a 60 anos, 4 meses e 4 dias. Já cumpriu 25 anos, 6 meses e 25 dias de pena;
- Eliezer Miranda Joaquim, “Criam”: Condenado a 100 anos, 10 meses e 15 dias. Já cumpriu 20 anos, 08 meses e 24 dias;
- Fabrício de Melo de Jesus, “Bicinho”: Condenado a 65 anos, 8 meses e 26 dias. Já cumpriu 20 anos, 8 meses e 18 dias;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, “My Thor”: Condenado a 35 anos, 5 meses e 26 dias. Já cumpriu 26 anos, 1 mês e 17 dias;
- Alexander de Jesus Carlos, “Choque”: Condenado a 34 anos e 6 meses. Já cumpriu 17 anos, 6 meses e 29 dias;
- Roberto de Souza Brito, “Irmão Metralha”: Condenado a 50 anos, 2 meses e 20 dias. Já cumpriu 19 anos, 2 meses e 2 dias.
A transferência dos detentos foi anunciada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL) nesta quarta. O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, contudo, criticou o vazamento da transferência por colocar em risco a segurança da operação.
“Nós estamos fazendo essa transferência. Infelizmente, essa informação saiu de lá do Rio de Janeiro, não era para ter sido divulgada, porque compromete a segurança do evento. Eventualmente, pode acontecer algum tipo de tentativa de resgate”, disse Garcia em entrevista à TV Globo.
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